Promovida por uma instituição que se proclama em nome de todos nós, a fedorização miolar, algo de nefanda diarreia cerebral que a título de diversão humorística ora investe sobre o tecido social, além de proporcionar privilegiada sustentação a um quarteto de esclarecidas nódoas artísticas - o que é legitimamente muito caritativo (ou caricato?) - persiste surgir na ribalta televisiva numa situação e época em que deveras a fedorização real está implantada às raias da náusea, quiçá derradeiro impulso que accione automaticamente o providencial autoclismo.
Se assim suceder, claro, não terei senão que rectificar para "esclarecido quarteto de heróis artísticos" - genuíno antídoto obtido com o mesmo produto - o que agora considero uma imbecil, grave e nefanda chuchadeira. Outrossim, quedar-me-ia estupefacto perante a evidência de se ter logrado, pela primeira vez na nossa prolífera História, um profícuo aroma social através do fedor.
Como em semelhante laboratização sou assaz zero, ao ver o Gato Fedorento lado a lado com vincadas personalidades da nossa sociedade pedagógica, por aí traduzo hipoteticamente de que o fedor em decurso não será de todo desagradável e deve continuar...
Vá, miudagem, todo o mundo vai lavar o gato, e que gato!...
Entretanto fico a interrogar-me: não será o desiderato em apreço uma bem urdida técnica de, ascendendo no esgoto e surgindo da sanita, lograr uma boa mão-cheia de papel higiénico?