Dentro do tema Preocupações atuais, tenho procurado mostrar como anda o mundo moderno, atrelado ao esquema da globalização e da supremacia do mercado sobre governos e nações e, dentro deste cenário, o mundo do trabalho.
Há uma sempre renovada discussão em torno da necessidade, em nosso país, de promover uma reforma trabalhista.
A reforma trabalhista, na cabeça dos arautos da tese de tornar o Brasil um país desamarrado das peias que elevaram o nosso direito do trabalho ao patamar constitucional, passa inexoravelmente, pela descontitucionalização da norma trabalhista e, no cerne de tal idéia, fazer com que o negociado prevaleça sobre o legislado.
Ora, no momento em que há uma acentuada debilidade dos organismos associativos no mundo inteiro, a começar pelas fortíssimas Unions nos Estados Unidos, que não possuem mais a força para deter a desagregação das grandes montadoras, é possível imaginar quão desastrosa para os assalariados seria a implantação de tal idéia em nosso país, desmontando todas as conquistas dos trabalhadores.
O maior mal que tudo isto pode resultar, na verdade, é a possibilidade sempre existente de querer transformar o nosso país num grande país asiático, ou seja, um grande laboratório para montar indúistrias para produzir para o mundo, a preços competitivos. Até aí tudo bem, mas o preço a ser pago pode ser a proletarização ainda mais acentuada da noss população obreira, reduzindo drasticamente os salários