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Artigos-->BRASIL-História Monolítica -- 09/11/2006 - 09:56 (José Virgolino de Alencar) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Vejam esta Exposição de Motivos de um Ministro de Estado para o Chefe de Governo brasileiro:



“É hoje fato reconhecido que o funcionalismo público não está organizado de modo conveniente ao serviço do Estado. O sistema das passadas administrações consistia em encher as repartições de pessoal, nem sempre idôneo, mas sempre excessivo e conseqüentemente mal remunerado.

São óbvios os inconvenientes que de semelhante sistema têm resultado.

Para remediar tanto quanto for possível este mal, tenho um plano de reforma das repartições do ministério a meu cargo que será realizado parcialmente, depois de detido exame acerca das condições especiais de cada repartição. Tem esse plano por bases:

1) Aumento de vencimento, sem aumento de despesa;

2) Redução de pessoal;

3) Coação do trabalho;

4) Simplificação dos serviços, acelerando o expediente”.



O documento acima terá sido assinado por Mantega e encaminhado a Lula?



O assunto calha muito bem no Brasil de hoje, de agora.



Mas, a Exposição de Motivos, bastante atual, foi encaminhada pelo Ministro da Fazenda Rui Barbosa ao Marechal Floriano Peixoto, Chefe do Governo provisório, em 21 de janeiro de 1890.



Decididamente, a história do Brasil é monocórdia, é samba de uma nota só.



Vale repetir: No Brasil, o processo de mudança tem coeficiente zero. Isso aqui é um país cujas transformações são desenhadas para que tudo fique como está. O amanhã(futuro), com certeza, terá cores do hoje(presente), como o hoje terá cores de ontem(passado).



Tudo muda para o mesmo, a nação se desloca do nada para a coisa nenhuma. Novos, no Brasil, só os chavões que, na essência, definem velhos conceitos. O novo já nasce envelhecido e o velho se apresenta como novo. É um círculo vicioso, em que tudo gira em torno de si mesmo, caminhando-se para o ponto inicial.



Nisso, o Brasil é bastante original. É o sapiente criador do nada. E ao criar o nada confirma a frase de “que nada se cria, tudo se copia”. É a xerocultura, a página nova é apenas a xerox da página velha. Assim, vamos sem ir e ficamos como se estivéssemos indo.



É o nada sendo tudo e o tudo dando em nada.



Que nó!

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