Usina de Letras
Usina de Letras
16 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 63298 )
Cartas ( 21350)
Contos (13303)
Cordel (10360)
Crônicas (22579)
Discursos (3249)
Ensaios - (10703)
Erótico (13595)
Frases (51823)
Humor (20190)
Infantil (5622)
Infanto Juvenil (4961)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1387)
Poesias (141334)
Redação (3357)
Roteiro de Filme ou Novela (1065)
Teses / Monologos (2442)
Textos Jurídicos (1967)
Textos Religiosos/Sermões (6365)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->Em enfoque literário = LÍLIAN MAIAL -- 23/11/2006 - 18:09 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O PLANADOR DE DEUS...



Dizem que existe, outros não,

mas se só for invenção

no bem e no mal que faz,

à luz dos deuses humanos

e dos imbecis arcanos

o seu reino satisfaz.








A CAPA DO LIVRO



Aqui, que vejo eu, santinho meu?...

Vejo, oh... Vejo um girassol,

o satélite terreno do sol,

coitadinho, prisioneiro no chão

sempre às voltas, sempre às voltas...



Depois... Vejo... Vejo uma planície brotando

lavas de ouro, de muito ouro

e logo mais abaixo,

na editorial palavrinha "Impetus",

vejo um umbigo, sim, vejo um umbigo,

muito perto do campo de negro trigo

onde se produz dia a dia o renascimento...



Ora digam-me lá

se é ou não é um deslumbramento?

Ai é, é e é!...




Ao cabo de umas quantas e quase suadas diligências para contornar os escolhos da voraz predação implantada, neste caso sobre o suor miolar de outrem, e que quanto a mim mais longínqua colocam a auspiciosa visão do gajeiro de Pedro Álvares Cabral - façam-se as contas que se fizerem não se percebe que ouro ou proveito se logra com as independências lusa e brasileira em relação ao mundo global do bondosíssimo senhor Bush - tenho entre minhas mãos e bem defronte a meus olhos o primeiro livro com poemas " ENFIM, RENASCI ! " de Lílian Maial, médica carioca e usinal pioneira desta tribuna literária onde eu milito em gostoso e permanente beMal.



Ora, tal como da clássica frase se extrai, Lílian, para consumar a sua terrena existência, plantou pois uma árvore, fez filhos e escreveu pelo menos um livro. Assim, segundo o reduzidíssimo parecer de um reduzido arauto do pensamento, a poetisa poderia desde logo morrer tranquíla porque haveria cumprido o seu lídimo dever em face da vida.



O que emana do conceito descrito dá-me uma enorme vontade de rir e, sem hesitar um segundo, obriga-me a alinhar sem mais ao lado do pensador que afirmou que durante a vida o indivíduo permanece em contínua aprendizagem, quiçá até chegar ao ponto de cortar a árvore, matar os filhos e queimar o livro. É exactamente defronte ao profuso espólio lengalengante da humanidade que em mim se impulsiona a vontade de escrever, de escrever até à exaustão, de escrever até de todo me finar. À lupa do meu modesto raciocínio, chafurdando no meio da monstruosa lixeira do mistério que os sistemáticos predadores do espírito me legaram, o ser humano, porque não se reconhece no vulgar animal que de facto é, enquanto assim persistir, não terá a mínima hipótese de franquear a porta da felicidade plena aos vindouros.



Como atrás ia escrevendo, antes de ter derivado para o mundo perdido da grotesca predação dos seres inteligentes, tenho, sim, aqui e ainda oculto na embalagem postal, aqui no Porto e em Portugal, o primeiro livro de Lílian Maial, que é deveras uma poetisa em língua portuguesa que apenas e felizmente conheço através de foto - e que linda mulher é - e dos seus magníficos versos, ora romanticamente excelsos, ora de produzir aos leitores - bem expresso à moda da minha terra - um tesão do caraças. Logo que me encarreire na direcção do próximo sono, vou começar a lê-lo assim que me deitar, recostando-me à cabeceira de meu leito e ao mesmo tempo a fumar deliciado o último cigarrinho, ou dois, da jornada enquanto saboreio a leitura.



Após ter reunido meus neurónios no tribunal do tempo, local absolutamente ermo que é só meu, os estranhíssimos e doutos magistrados decidiram, em louvor de Lílian Maial, apresentar a juízo público dois efectivos réus acusados de gravíssimos crimes poéticos, um, por delito cometido a 16.1.2002, e outro nove dias adiante, a 25.1.2002. Aprecie-se pois a causa, porque, em minha modesta opinião, há no desiderato muita-muita empolgante poesia, essa exemplar fada racional que é sobretudo o mais eficaz dos balsamos. espirituais



LÍLIAN MAIAL NA VERTICAL



Leve e breve como nota musical,

Inspirada e lírica d"esplendor,

Líbida de sensualidade celeste,

Invadindo meu ouvido em silêncio puro

A caminho dos deuses harmónicos

No trono onde meu corpo se despe...



Mulher latente em plumas de sonho

Algures na lonjura indistinta

Invisível, quase cisne que resta

A nadar feliz no lago dos meus olhos,

Livre e divino, branco, em festa!



A não ser que se haja

já contemplado de muito longe,

ao perto, poucos, muito poucos

se apercebem da grandeza.



16.01.2002

António Torre da Guia




COMO TE QUERO LÍLIAN MAIAL



Lílian Maial...

Não quero teus olhos verdes,

Nem sei se tens olhos verdes,

Só quero o teu olhar.

Lílian Maial...

Não quero tuas pernas grossas,

Nem sei se tens pernas grossas,

Só quero tua emoção.

Não quero teu seio farto,

Nem te levar para o quarto,

Só quero tua verdade,

Porque a verdade anda rara.

Não quero beija tua boca,

Nem te propor coisa louca,

Quero teu sorriso sincero,

O que tiveres de belo,

Porque o belo me atrai,

E a sinceridade anda rara.

Lilian Maial...

Eu quero o teu teísmo,

Ou o teu niilismo,

Com teu sinuoso lirismo,

Rezando no teu catecismo.

Eu não quero te ver nua,

Desmanchando-se em paixão,

Nem te amar no cinismo.

Lilian Maial...

Não quero teu corpo macio,

Nem tua sensualidade,

Provando do teu erotismo,

Nas delicias do pecado,

Bebendo na tua vontade,

Deixando o amor calado.

Nem sei se tens o corpo macio,

Se és pura sedução,

Se só beijas devorando,

Ou se exalas tesão.

Eu só quero tua verdade,

Essa linda amizade,

Do poeta e o coração.



25/01/2002

Daniel Fiúza
















Som = Good night girl
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui