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Artigos-->SINAL DOS TEMPOS -- 24/11/2006 - 18:15 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


SINAL DOS TEMPOS

(Por Domingos Oliveira Medeiros)



O mundo de cabeças para baixo. Cortinas de ferro retorcidas e enferrujadas. Coligações verticais juntam partidos de pensamentos desiguais; na mesma cama, abraçados na horizontal, cantam promessas de fidelidade e de apoio incondicional, antes nunca imaginado, ao governo Central. E o presidente do Congresso, que já presidiu o país por algum tempo, o comunista de outrora, quem diria, o deputado Aldo Rabelo, manifestou discreto apoio ao, por enquanto, burburinho de aumento dos salários de seus pares. Alegou, pela imprensa, com o seu conhecido discurso lento, pausado e meticuloso, que a questão da isonomia, visando igualar os vencimentos dos deputados aos dos magistrados, é assunto antigo e constitucionalmente aceito.



Chico Buarque previu coisa parecida. Mudança inusitada na terra de Nossa Senhora de Aparecida. Ele foi à Lapa, um dia desses, para homenagear os malandros que lá fizeram história, e perdeu a viagem. O tal malandro não existe mais. Jogou fora a sua navalha e, segundo as más línguas, mora longe, trabalha e chacoalha no trem da Central, como qualquer operário.



O malandro agora, veste gravata e fez as pazes com o capital. Há malandros e malandros. Privado e oficial. Nos municípios, nos estados e na capital. E todos serão beneficiados pelo aumento pretendido, por conta da vinculação salarial prevista em lei para os legislativos locais. A coisa é automática. Claro que não há desonestidade de propósitos em tudo isso. Mais para o lado da vaidade, da síndrome do pavão misterioso, visando um tempo novo. Não deixa de ser curioso. Até porque, a isonomia a que teria aludido o camarada Rabelo, deveria ser feita ao contrário do que se pretende: do menor ganho para o maior. Por isso, entendo que os magistrados é que deveriam reivindicar a igualdade de seus ganhos e demais vantagens às dos senhores deputados. Que, por motivos óbvios, não fizeram menção aos quase R$90 mil reais mensais, em média, a que fazem jus, por força de lei que aprovaram. Sem falar nos demais privilégios. Samba de breque não se aprende nos colégios. Diz a malandragem. Parafraseando o velho Noel Rosa.





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