Lula diz que vai “destravar” a economia para disparar o crescimento do país no próximo ano. A nova Lei Geral das Micro e Pequenas empresas foi um bom começo, trazendo para a formalidade um milhão de microempresários e mais recursos para o INSS, com a inclusão de nove milhões de trabalhadores ao sistema. Acontece que a atual Constituição engessou o destino das verbas líquidas do Orçamento da União, as quais estão comprometidas com as despesas obrigatórias institucionais. O que sobrou para os investimentos é uma ninharia, menos de 3% neste ano. O crescimento do país, na verdade, vai depender mesmo é do empresariado brasileiro, como ocorre na maioria dos governos dos países de economias mais desenvolvidas, que cuidam, apenas, da saúde, educação e da segurança do povo. Como Lula não pode mudar a Constituição com Medida Provisória, o que ele precisa fazer com urgência é tentar costurar um acordo político para desobstruir os canais da burocracia que emperram e inferniza a iniciativa privada, bem como promover a redução do custo Brasil. E tirar das gavetas as reformas que tanto o país necessita, especialmente a fiscal, pois a sonegação tupiniquim ascende os R$270 bilhões/ano, o equivalente a mais de 1/3 das receitas líquidas! Se todos pagassem corretamente, pagaríamos menos, haveria menos impostos e sobraria dinheiro para os investimentos, mesmo pagando a montanha dos juros da dívida pública, (R$150 bilhões) que já ultrapassou a barreira de R$1 trilhão de reais; 56% do PIB.
