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Artigos-->A Cidade -- 28/11/2006 - 08:53 (anderson jose de aguilar) |
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A cidade
Ruas, becos, prédios, largas avenidas.
Sombras, espectros. Luz e penumbra.
Risos e choros. Vida, morte.
Dor, alegria, alívio e tristeza.
Multidão, solidão. Não tem jardim.
Miséria. Fome. Um grito de criança.
Carros e pessoas num vaivém frenético.
Para onde vão as pessoas?
Ninguém sabe. Histeria. Um sino repica.
Uma lâmpada é acesa, outra se apaga.
Uma mulher sorri para um homem.
Um homem agride uma mulher.
Ela grita, ninguém escuta. Silêncio.
Não há socorro. As flores não mais perfumam.
Um rio atravessa a cidade.
Do outro lado, nasce uma criança.
Ela não queria nascer.
Os pais se cumprimentam. Choram.
Emoção e incerteza. Ficam confusos.
A dor nasce da alegria.
Uma mariposa voa desorientada.
O labirinto nas ruas, nos pensamentos.
A cidade é uma grande teia.
O homem sabe, agora, o que construiu.
Seu calvário, seu túmulo.
Anderson Aguilar
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