Só se fala, ultimamente, nos países emergentes: Brasil, China, Rússia, Índia e México. São opiniões de experts, que nas entrevistas e em artigos, traçam opiniões que me parecem orquestradas, a respeito da posição que o nosso país ocupa nesse "ranking"de nações que disputam a preferência dos investidores internacionais.
A nossa posição, segundo tais analistas, é sempre uma das piores, ficando abaixo da China, Rúsina e Índia, pois há vários aspectos que o nosso país experimenta atrasos, travamentos, índices inferiores aos dos outros, porisso que nos ombreamos ao México como "lanternas"desta corrida pelo desenvolvimento pleno.
Eu venho abordando superficialmente esta temática preocupante com o título sequencial de "Preocupações atuais", ao lume dos meus conhecimentos de magistrado com certa vivência no campo do direito do trabalho, tentando mostrar uma visão que se entremostra para as dobras deste milênio, vindo a galope do fenômeno da globalização e do reinado do mercado, que dita as regras do jogo da economia e, por via de conseqüência, da nova ordem política mundial.
Os jornais começam a registrar, ainda que timidamente, as primeiras "descobertas"que os operários chineses estão fazendo a partir de um inevitável estudo comparativo com os operários das outras partes do mundo. Quem nada tinha, quem nada ou quase nada reivindicava, agora inicia um processo lento de despertar.
As "descobertas" feitas nesse longo e lento amanhecer de coinsciências traz um novo tipo de preocupações: até quando o ocidente tirará vantagens no processo de industrialização no imenso país do oriente? Até quando será mais vantajoso e lucrativo produzir lá?
Industrializada a China de modo pleno, o seu enriquecimento potencializará o seu já grandioso mercado interno e isto acarretará mudanças nas suas relações comerciais com o resto mundo?
São indagações para as quais ainda não temos uma resposta concreta.
Somente o tempo dirá quais os rumos que o gigante amarelo seguirá.