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 | Artigos-->Desencontro -- 11/12/2006 - 10:19 (anderson jose de aguilar) |  |  |  |  |  |
 | Desencontro 
 
 
 Acende um cigarro e dá um trago,
 
 olha a fumaça e pensa em sua amada,
 
 nos momentos de pureza que viveu e sorri.
 
 Ah Deus! Como a ama.
 
 Diante da janela perde-se nas lembranças.
 
 
 
 Pensa na ternura do olhar do seu amor,
 
 na pureza e na doçura do seu sorriso,
 
 no toque suave e aveludado das mãos.
 
 Fecha os olhos e novamente sorri,
 
 vagueia embalado pelas lembranças.
 
 
 
 Sente no abraço o calor do corpo
 
 e o beijo suave dos lábios macios.
 
 Vê nos cabelos caídos nos ombros
 
 a graciosa harmonia dos gestos,
 
 e a expressão serena e viva na face.
 
 
 
 Sente o pulsar forte do coração,
 
 olha o cigarro, e dá um trago.
 
 Deixa o amor invadir sua alma,
 
 amor por uma mulher de nome...
 
 e a tristeza põe fim as lembranças.
 
 
 
 Longe dali e misteriosamente tão perto,
 
 num quarto harmoniosamente arrumado
 
 com flores poeticamente dispostas,
 
 uma jovem mulher recostada no sofá,
 
 pensa naquele que a faz sentir viva.
 
 
 
 Ele não é o mais belo dos homens,
 
 mas o olhar sincero e a gentileza,
 
 o torna o mais belo dos homens.
 
 O conheceu por acaso,  um sorriso,
 
 uma palavra, e uma flor ofertada.
 
 
 
 Assim o amor apresentou-se a ela.
 
 A segurança que sente no abraço,
 
 o modo carinhoso daquele homem,
 
 as palavras amorosas que ele diz...
 
 ela sorri, e em seguida, entristece.
 
 
 
 Fecha os olhos, uma lágrima surge.
 
 Lembranças do que ainda não viveu,
 
 fantasias e ilusões, sonhos.
 
 O amor é assim, doloroso, amargo.
 
 O destino ainda não os aproximou.
 
 
 
 Anderson Aguilar
 
 08/06
 
 
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