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 | Artigos-->Espantalho -- 11/12/2006 - 10:29 (anderson jose de aguilar) |  |  |  |  |  |
 | Espantalho 
 
 
 Em meio a grande seara de milho
 
 ostenta aquele brioso maltrapilho
 
 a expressão do soldado solitário,
 
 opondo-se ao seu ar de paspalho.
 
 
 
 Perdido naquela imensidão verde
 
 sem nunca sequer um olho piscar,
 
 enfrenta a ira imprevista do tempo
 
 esperando o golpe fatal do inimigo.
 
 
 
 Alheio a esse cenário montado,
 
 chega o bando num vôo direto
 
 devastando o verde protegido,
 
 indiferente ao rigor do soldado.
 
 
 
 Na cidade armada no cimento,
 
 vive o maqueado maltrapilho
 
 em movimento doido/frenético,
 
 lutando contra o inimigo oculto.
 
 
 
 No irônico caminho traçado pelo
 
 criador do ser vazio, a sentinela,
 
 busca o obediente soldado, o alvo
 
 a ser combatido nessa contenda.
 
 
 
 Se na seara o inimigo vem de cima,
 
 na cidade/cimento, o inimigo nasce
 
 dentro da mente doente e culposa,
 
 daquele que criou o que não sabe.
 
 
 
 Desde então arrependido, e preso
 
 no emaranhado labirinto montado,
 
 ele mascara a ferida a si causada,
 
 perdido na esperança do reverso.
 
 
 
 14/07/05              Anderson Aguilar
 
 
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