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 | Artigos-->Delírio -- 11/12/2006 - 10:31 (anderson jose de aguilar) |  |  |  |  |  |
 | Delírio 
 
 
 Nuvens negras, trovões e raios ferozes,
 
 o sol não aquece, ficou melancólico.
 
 A lua não encanta, as estrelas sem brilho
 
 e as sereias ficaram silenciosas e tristes.
 
 Netuno, ferido, recolhe-se em seu reino.
 
 Ondas furiosas, ameaçadoras e revoltas,
 
 e a brisa agora é um vendaval vingativo.
 
 
 
 Um ar gélido toma conta do quarto fétido,
 
 onde um ser esquálido se contorce no sofá.
 
 Os sonhos são braços da tortura sem fim.
 
 Um sobressalto, o suor aflora no corpo fino.
 
 O manto esconde a face do que traz a foice,
 
 sente o fio da lâmina perto, hálito da morte,
 
 pânico e calafrio, tenta fugir, não consegue.
 
 Pavor e terror. Súbito, uma luz brilha.
 
 
 
 Surge um facho de luz... a esperança,
 
 a  nuvem negra e os raios desaparecem.
 
 O mar volta à sua mansidão serena,
 
 e ele sente o aroma agradável das flores.
 
 Escuta a melodia do canto de um pássaro
 
 e o vento roçar de leve sua face marcada.
 
 Aquieta-se, acomoda o corpo frágil e tenta
 
 se acalmar no conforto desse novo ambiente.
 
 
 
 No entanto, o tormento é companheiro.
 
 Não sabe o que está acontecendo.
 
 De onde vem essa luz?
 
 Sonhos, pesadelos, delírios, agoniza.
 
 O que é real e o que não é, ele não sabe.
 
 Tenta adormecer, fugir, mas não pode,
 
 está preso no labirinto de si mesmo.
 
 
 
 
 
 09.02.04                                 Anderson Aguilar
 
 
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