“Minha amiga Vera Linden”
Essa coisa de afinidade é curiosa, intrigante. Muitas vezes me pergunto por que e o quê nos faz ter a impressão de conhecer de longa data pessoas que acabamos de ver pela primeira vez, ou, como no caso da Verinha, que eu nunca vi pessoalmente, mas com quem tenho profunda afinidade. Tudo começou quando ela chegou aqui na Usina, este celeiro de amizade, criado por homens e mulheres, que possuem em comum, a devoção apaixonada pelas letras. Eu me lembro de ter enviado uma mensagem à Verinha a propósito de um dos seus belos trabalhos. Encanta-me sua narrativa simples, mas que prende pela doçura dos detalhes, como a descrição da cor do mar, do céu, etc., a Vera nos faz ver os lugares, os ambientes. Ler seus textos, é como ver um filme. Aí um dia eu resolvi telefonar pra ela, meu Deus! Que encanto de pessoa, que mulher gentil, de coração aberto e aparentemente enorme, pois cabe muita ternura e amor pelo próximo. Imagine, ela se dedica também a contar estórias pra crianças. A Vera é uma pessoa rara, daquelas que a gente quer como amiga de infância, confidente, aquela que ri com você, que ouve seus desabafos, se alegra com seu sucesso, sofre com sua dor, enfim, ela é gente demais. Eu poderia falar ou escrever páginas e páginas adjetivando essa gaúcha valorosa, mas vou parar por aqui com uma constatação. Verinha, saiba que o nome LINDEN é o nome dos caramelos de chocolate que eu mais consumia quando morava na Itália. É por isso que você é doce.
(Hull de La Fuente) |