Toda e qualquer doença marcada por distúrbios funcionais de cunho psíquico (idéias fixas, obsessões, dúvidas, amnésias, fobias, tiques etc.) recebe o nome científico de neurose. Um consenso, sabemos, sobre a gênese dessas desordens é evitado até pelos entendidos no assunto. O fato é que, de onde em onde, encontramos certos tipos que atestam, neste caso, neurochatice, o ridículo e o perigo dessa anomalia.
Elenco aqui algumas caracaterísticas desse deplorável fenômeno (o pior é que o mesmo pode se manifestar, às vezes, encapotado):
. O sujeito exige demais, principalmente dos outros, ante aspectos deveras irrelevantes, superficiais, do dia-a-dia;
. O tal crê nas suas idéias, não importa se tacanhas, medíocres, como o absoluto, a personificação da verdade;
. Vive repisando as falhas dos outros e, é óbvio, sempre justificando as que comete;
. Murmura, com frequência, sem o menor motivo, contra a família, o ambiente de trabalho, os amigos e tantos outros;
. Julga-se o máximo, o gênio incompreendido (a coisa não passa mesmo é de pura e delirante arrogância) e o dito cujo se acha o detentor da única receita válida para todos;
. Destenha dos demais, subestimando-os e não mostra sequer uma capacidade mínima, responsável, no fazer de tarefas as mais singelas;
. Vive, amiúde, ressentido e a serviço de fofocas, tendo como alvo predileto aqueles tidos como adversários ou inimigos (não importa se imaginários);
. Finalmente, o neurochato é tão malévolo que busca, a todo custo, sempre ferir o semelhante. Portanto, olho vivo, muito vivo!!!