Se no seio daqueles que nos representam aqui no Brasil e perante o mundo têm uma parcela numerosa de pessoas aquadrilhadas, gente de alto grau de periculosidade, visto que matam, como no caso Celso Daniel, e que perseguem e tudo fazem para meter a mão no dinheiro público, (usam até cuecas para transporte de valores), tudo isso é péssimo sinal, além de ser o sinal dos tempos. A dedução óbvia e geral é a de que estamos veementemente condenados se continuarmos nas mãos desses políticos sem pé nem cabeça, apenas mãos para roubarem o quanto podem levar. E o pior disso tudo é que não haverá justiça nenhuma para tanta roubalheira. Tudo acabará ficando mudo e surdo no país do absurdo!
Nos idos tempos revolucionários mentiam-se tanto quanto os “revolucionários” de hoje mentem. Roubava-se da mesma forma que se roubam hoje. Inclusive a regra dos mandamentos de Karl Marx é apossar-se das riquezas que o poder e o capitalismo aufere e confere para preparar a revolução. Com a revolução aí o bicho pega todo mundo. O cidadão perde sua cidadania definitiva e entra para o rol dos escravos do estado, cujo trabalho não tem despesas e os custos do estado são zero para mantê-los trabalhando, trazendo evidentemente as riquezas para o estado, que passa também a ser corrupto. No passado roubava-se do estado da mesma forma que se rouba hoje no Brasil. Enfim, parece um filme que se repete com as mesmas personagens daquele passado tenebroso. Só que agora em "terras brasilis". Coisa atrasada e que atrasa mais o país dentro desse contexto de globalização, o qual não vai esperar para as soluções latinas de brasileiros que ainda pensam em marxismo e leninismo, coisa furada e que já encheu os picuás.
O verdadeiro socialismo é diferente. Não exige mais revoluções que frustram o crescimento de um país. Socialismo hoje é realizado com liberdade, buscando soluções verdadeiras para acabar o máximo possível com a desigualdade social de um país. Isto tudo dentro de um panorama tranqüilo, sem as rixas políticas, sem perseguições, sem privilégios. O Brasil nunca deixará de ser uma República, porque o povo assimilou muito bem as querências sociais que a República sempre almejou. O que houve neste intervalo de mais de cem anos da proclamação pelo Exército da República, através de um golpe de estado, foi um excesso de ladrões, de homens sem caráter, procedentes dos tempos da escravidão. Até hoje existem pessoas que devem sentir saudades dos tempos em que seus bisavôs eram servidos por indivíduos de sua propriedade. Coisa repugnante, quando essas mesmas pessoas ainda tinham a falta de vergonha na cara, ao se dirigirem às missas para ouvir o Evangelho de Jesus. A verdade é que ouviam, mas jamais pensavam em segui-lo, porque o Evangelho condena esse tratamento social desumano, até mesmo para os animais. O povo pobre de hoje tem sua cidadania alijada e atirada a uma sub-cidadania, quase inexistente. Para muita gente não há como viver uma vida decente sem passar fome. O jovem sem emprego não encontra alternativas e parte para a criminalidade, porque quase sempre já convive com a vizinhança criminosa. A jovem também não vê futuro e se entrega à prostituição. E começam, pobres diabos, ainda criança. Pelo menos enquanto são jovens, porque depois de velho, meu amigo, a coisa piora e muito. Este é o quadro do Brasil que sempre conheci, desde criança. Com certeza nunca mudará. E meu pai que me ensinou a ser honesto! Ah! Papai! Não tenho tanta certeza de que você estava certo, ou errado. Isto porque ser honesto no Brasil de hoje é sinônimo de “morrer de fome”, ou viver uma vida eternamente minguada. A verdade é que ser honesto é muito bom, quando não temos desvantagens em relação aos desonestos. Porém, até que me provem o contrário, os desonestos têm levado vantagens sobre os honestos aqui no Brasil. E não tem muito sentido ser um doutor nisto ou naquilo. Têm muitos doutores atualmente no Brasil que também fazem projetos criminosos, isto é, constituem suas quadrilhas que nem sempre são descobertas. Haja vista os eloqüentes doutores refestelados em suas poltronas do poder em Brasília: tem cara de honesto, mas, quem vê cara não vê coração. E o eloqüente coração do doutor criminoso não fala, porque nunca passou fome.
