Lambe-se, relambe-se, rebola-se, corre todos os cantos da casa e escapa-se (vai à festa do encontro) para os sítios inóspitos onde as velhinhas se conformam a doar, sem poderem, o derradeiro e sincero esforço dos humanos para eliminar a miséria, essa estúpida vergonha bem defronte aos indíviduos que se encimam no trono da inteligência.
O que é que um gato faz ou produz? Proporciona alegria às crianças, inconscientes do perigo que paira entre as emplumadas e macias patas.
Diz-se "gato (podre) com o rabo de fora". Por isso, ria-se, se corta o rabo aos pobres dos bichanos. Dizia-se nos meus tempos de escola que um erro era um gato. O gato preto, espectacularmente, para uns é o símbolo do azar e para outros o da sorte. Há quem se fantasie em gato das botas...
Francamente, em 2007, Portugal permanece sob o aterro dos milénios, conduzido pelo arauto mor da cultura, da educação, da decência e da dignidade. Ah... Então persistem?... Siga o gato até às imediações do contentor, só...