Se num breve relance abarcarmos o aquém de nós, desde logo consideramos admirável que o ser humano em lugar de uma pedra esteja usando uma ferramenta eléctrica e que desde vocabulações desanexadas consiga agora falar e fazer-se entender com os outros. Nesta esteira, não é difícil concluir que mais e muito mais se avançará sem até-onde determinado, quiçá atingindo o tudo-feito e o tudo-dito. Hodiernamente, inclusive a possibilidade de vencer a morte já nos coloca a racionar com a dúvida menos instalada no crédito íntimo. Não, não é para nós o efeito, porque, dado o estado de inteligência que atingimos e desprezamos todos os dias, globalmente não merecemos um tão singular almejo. Constituímos deveras uma cambada insuportável onde só o medo imposto pela força logra estabilizar-nos.
Por consequência, adentro do consabido ditado "o tempo tudo cura", também só o tempo detém a solução ideal para o futuro da humanidade. O resto é tudo conversa de "lana caprina" (ou de chacha ou farolice), espécie de conceitos anódinos para suavizar realidades amargas ou azedas de mais.
Quanto a mim, no decurso deste século XXI e no que à área da cristandade concerne, a Igreja vai tentar diminuir, aproximando-se, o pressionante esticão que a tecnologia está a operar. Como é soer dizer-se em calão, a padrelhada, tal como os políticos, fará o máximo dos possíveis para não perder o "abençoado" tacho que nós, benquistos cidadães, continuaremos a encher até deitar imponentes catedrais por fora.
Assim, os políticos que melhor souberem produzir o unguento para andarmos todos de carrinho - cada vez mais lançado, pois, pois) - melhor também lograrão que as ovelhinhas se portem bem, mas sempre a fingir que se importam imenso com aquelas coitadinhas que ficam para trás.
Hoje remeteram-me por e-mail uma anedota que me pôs a rir o dia inteiro e me fará sempre rir logo que me lembre dela:
"Consta que Jorge Nuno Pinto da Costa vai ser canonisado (popularmente) por ter feito 2 milagres: primeiro, conseguiu com que uma cabra escrevesse um livro; e segundo, automaticamente logrou que 6 milhões de camelos o lessem..."
Ora não serão anedotas como esta, em nítida evidência, um excelente unguento político para a gente levar uma vida pesada sem sentir-lhe o peso?