É evidente que não é de uma vez por todas, mas é, pelo menos e pelo mais, mais ou menos uma vez, verdade factual, sem límpidas omissões ou obscuros demonstrativos. É exclusivamente aquilo que é!
1. - Estado Novo ou Ditadura Fascista, como queiram designar o evento político = 41 anos (1933/1974)
2. - 25-de-Abril ou Data de Cucos, escolham. Uma ou outra designação, ambas estão exactas. = 33 anos (1974/2007)
Se naquele tempo tivesse sido apertado nas canelas com umas taletas reliadas por cordeis e accionados pela mão do "investigador", ainda marcado no cérebro pela dor a estalar, o que diria hoje eu exctamente no sítio onde estou agora? Diria - palavra - abarcando a mistura toda do todo, diria que este mundo, como milhões e milhões o dizem, é uma grandessíma "medra-de-mesma-coisa".
Ora, estaria a defender o Salazar? Estava. O Salazar nunca mais me faria mal...
Outrossim, estaria a acusar o 25-de-Abril. Estava. O 25-de-Abril só não me faz mais mal porque, a mim, já não há mais mal para fazer-me.
O resto, o resto não é preciso descrever. O resto, felizmente, está escrito por todo lado. É o tempo que irá ler.
Salazar, no seu consulado, foi sem dúvida um dos maiores estadistas de todos os tempos no mundo. Porquê. Porque, apenas com armas para caçar "milhafres" (e caçou alguns), assumiu e cumpriu por completo o juramento em que se investiu: defendeu integralmente de corpo e alma um grande país, o país que todos os antepassados tinham legado aos portugueses de então. Quem é que o acusa de falta de dignidade ou honestidade? Que homens neste primordial aspecto se lhe podem comparar? Nem eu, que me fartei de roubar o porta-moedas da minha mãe, o bolso do colete de meu pai e a algibeira da minha avó.
Outra vez o resto? Sim, o resto é deveras uma grandessíssima "medra-de-mesma-coisa".
PS = Desculpe-se quem deveras sequer sabe quem era, foi e é "a-outra-senhora"...