Não, até nem estamos nada mal como estamos se bem virmos e meditarmos o que ocorre sobre milhões e milhões de sobreviventes extremos por esse mundo fora. Em face de tão trágica lástima, poderemos sem óbice constatar que somos um dos povos mais privilegiados do mundo.
O "nosso" famigerado "atraso" é outro. Sequer é "nosso" porque, deveras e sem equívoco, é só de alguns, é dos responsáveis-irresponsáveis que nos têm liderado, uma minoria de super-inteligentes ineptos que se mostram e demonstram todos os dias bem defronte a nossos olhos, ouvidos e sentimentos.
Uma só pergunta esclarece tudo: os portugueses que se revelam excepcionais no universo pensante, meros acasos de exclusiva vontade própria, a quem devem os seus impressionantes êxitos?
Medite-se, por exemplo mor: para estar aonde está, o que ficou Amália a dever aos sistemas políticos que a sua existência perpassou? Foi Deus!
O que podem pois os milhões de portugueses comuns fazer ou mudar com o voto? Mudaremos o quê? Há quanto tempo sistematicamente nos prometem mudança? Digam-me!
Poderemos fazer mais um teste se quisermos. Vamos todos votar no PCP que é o partido que se proclama pelo Povo e pelos Trabalhadores. Já agora, porque não experimentar o resto da aldrabice toda?
O JN de hoje em primeira-página apresenta a foto do Paulo Portas, um privilegiadíssimo-nado que se farta de fazer e só faz meninices snobistas e ainda concita ao redor de si mil apoiantes, que estão mortinhos por meter no táxi do destino um indivíduo para quem é uma baixeza andar de táxi. Ora então não é um impressionante disparate preferir um "brincalhão-com-isto" a uma pessoa com seriedade política como é Ribeiro e Castro?
E não estamos mal, c os diabos! Temos é de livrar-nos (eu estou convencido que só o tempo nos livrará) dos endeusadozinhos que nos fazem rodar como piões-das-nicas e depois nos deixam abandonados no solo aos encontrões uns aos outros levados pelo vento...