Comentando em desentralaçamento temporal a referência que o JN hoje faz ao impressionante senhor Belmiro de Azevedo, inspirado no texto, ponho-me a voar sobre a memória do cofre-forte do Estado Novo e ao mesmo tempo entro a cogitar: porque será que o actual Estado-no-sítio não intima o fulgurante empresário a comer e a beber até rebentar?
Então, dado que as contas do JN estão certas e a celebérrima revista norte-americana "Forbes" tem consistência, o "belo-miro" vale o dobro do seu peso em ouro, algo como 2,3 mil-milhões dólares, que alojados em dois camiões-tir constituem coisa alucinante para estourar os miolos todos ao mais ilimitado dos sonhadores-ingénuos.
Quem me dera que o senhor Belmiro de Azevedo me encomendasse o filme da sua vida. Já tinha título e tudo para a fita: "Onde foi parar o ouro de Salazar...". É evidente que a cena final demonstraria sem equívoco a heroicidade de um português que para ter dinheiro aos montes reduziu-se tão-só aos consagrados e deliciosos vícios domésticos.
Tenho cá um palpite que este gigante-portuga da finança é que vai ainda desencadear a plausibilidade real do TGV e da OTA. Não?!...