Estou convencido de que a novidade é tão-só uma ilusão que envelhece e cada vez mais rapidamente. Tal como Colombo se habilitou à notariedade com o ovo e Newton não foi indiferente à normalíssima queda espontânea de uma maçã, ao debruçar-me sobre e sob o busílis universal, constato que o humano, faça o que fizer, jamais evitará o ciclo permanente de todos os estados, movimento que, se parasse uniformizado, de imediato conduziria ao nada.
Assim, em face da História, do tempo da minha existência e da previsão que para a frente presumo lobrigar, também estou convencido que algo de matéria-espiritual impõe o ciclo da guerra e da paz. De Waterloo a Bagdad, quanto a mim, são apenas dois curtos passinhos no tempo do raciocínio que passou e do que há-de surgir, a tal novidade que não passará nunca da mesma coisa.
Bush acaba de reafirmar a sua posição bélica e pede que a guerra no Iraque insista e persista em nome da defesa instante dos EUA. Quem sou eu - prezo-me imenso de ser a mosca de Aleixo que pousa em qualquer sítio - para contrariar a convicta opinião de um homem a quem se reconhece o maior dos poderios sobre a terra?
Sou que não sou anti-americano. Sou apenas contra os indivíduos poderosos que administram a guerra. Sou que não sou ao ponto de designar alguém que seja contra Hitler de anti-alemão. Eu sou contra Durão Barroso e não sou anti-português. Sou sim contra todos aqueles que militam na confusa jaez de atribuir a outrem o que lhes apetece e, pasme-se afinal, por ignorância, falta de raciocínio, e sobretudo intuídos de maldade humilhante sobre os seus mais próximos concidadães.
E lá vai a mosca para outro sítio, adivinha do inexorável ciclo da novidade cheia de rugas, enquanto a cirurgia quadriénica busca o pentatlo da vitória na morte de mais alguns largos milhares de vidas inocentes. Heureca: não é a minha!...