Aquele lugar um dia fora habitado. Agora reina-lhe a morte, mas não a morte símbolo da vida e do recomeço, e sim aquela imensurável sensação do fim de tudo. Pairava o lugar entre os ares, suspendendo o tempo. Não há mais identidade ou qualquer coisa que lembrasse a origem. Foi. Será?
Respostas e perguntas eram quase inexistentes para quem se aventurasse a conhece-lo. Aquele não fazia mais do mundo terrestre, muito menos do paraíso e muito perto do inferno. Tudo era justificado pela aparência presente que não escondia o passado. Ele estava ali, naquele canto a atormentar a memória. O mato externo enterrou por todos os lados, sem flores, sem insetos ou qualquer outro animal, denunciando que o cadáver desaparecera. Nem o pó sobrara.
E o planeta continua girando em volta do Sol. Queira entrar por favor! A casa é sua! Embora, não garanto a sua saída. Pode ser que o resto de concreto caia em nossas cabeças. O ambiente está seco, todavia as torneiras jorrem água sem parar. O ambiente está escuro. A luz nem se atravessaria a penetrar. Será que nele existe oxigênio? Talvez se abaixarmos o corpo e engatinharmos no chão comendo poeira.
E para que serviria uma travessura dessas? Há mundos e mundos à nossa espera. Um universo a ser descoberto e a construir o futuro. Sei que é difícil, mas temos que deixa-lo, já que, no plano real não é nem sombra. Contudo, nossas presenças puxam os braços da lembrança, da vida, memória e história cujas não morrem nem com o fim. O renascimento de nós precisa desse confronto com o espaço. Tudo volta. Fugir não adiantará porque vozes nos seguirão.
O campo de batalha se arma. Os fantasmas finalmente dão as caras. Não há mais limite à fantasia. O melhor é entra-la de frente. Que venham os gritos, as correrias, as pancadarias... Somos um. Que venham as risadas, os carinhos, os gozos...Um somos.