Usina de Letras
Usina de Letras
300 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 


Artigos ( 62744 )
Cartas ( 21341)
Contos (13287)
Cordel (10462)
Crônicas (22563)
Discursos (3245)
Ensaios - (10531)
Erótico (13585)
Frases (51133)
Humor (20114)
Infantil (5540)
Infanto Juvenil (4863)
Letras de Música (5465)
Peça de Teatro (1379)
Poesias (141062)
Redação (3339)
Roteiro de Filme ou Novela (1064)
Teses / Monologos (2439)
Textos Jurídicos (1964)
Textos Religiosos/Sermões (6296)

 

LEGENDAS
( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )
( ! )- Texto com Comentários

 

Nossa Proposta
Nota Legal
Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Artigos-->NOSSA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL -- 03/04/2007 - 18:38 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Nossos débitos para com a natureza começam a ser cobrado para desespero de uma humanidade ainda incapaz de entender os mecanismos do equilíbrio, que sempre foi a matemática do ambiente terrestre e quiçá de outros planetas. Todo e qualquer trabalho da natureza é “tender ao equilíbrio”. Outras regras existem, mas têm relação com os seres vivos, que povoam todo o planeta. Alguns desses seres vivos são predadores do meio-ambiente, porém nenhum deles se iguala ao animal humano. O homem pratica a destruição deste planeta há milhares de anos. Exatamente a partir da descoberta de como fazer o fogo. Daí por diante o mundo começou a pegar fogo. Sabemos que o CO2 é responsável pelo efeito estufa. A primeira fogueira acendida pelo homem deu início a esse efeito, claro, de uma maneira infinitamente incapaz de qualquer prejuízo ao meio ambiente, uma vez que os raios ou coriscos também queimavam florestas inteiras. A descoberta do fogo deu início à etapa de violência entre os homens no intuito de conquistarem o “poder do fogo”. Se uma tribo estava de posse do fogo, a outra que não possuía este fator de uma melhor sobrevivência atacava aquela em uma guerra sem quartel. E quando esta última ganhava a guerra, iniciava-se outra guerra contra outra tribo que também queria a posse daquela coisa “mágica”. Fazendo assim uma narração despretensiosa dá a impressão de que essa história já ficou enterrada lá no distante passado. Ledo e lastimoso engano. O homem, dito civilizado, age tal e qual o seu ancestral. Guerras e mais guerras a troco de bobagens são deflagradas rotineiramente no planeta. Hoje não se luta pelo fogo como o conhecemos. Luta-se pela luz destruidora de uma arma nuclear e quem a possui tem cadeira cativa no clube das nações de posse do poderio atômico.

A natureza de um planeta qualquer tem tendência ao equilíbrio. Contudo, abrigar uma civilização tendente a realizar vaidosamente um desequilíbrio estúpido é muita coisa para um planeta simples e humilde como a nossa querida Terra. Assim continuando, torna-se uma incógnita o futuro da humanidade, quando, por exemplo, os EUA possuem cinco mil ogivas nucleares capazes de destruírem o planeta várias vezes. E não permitem que outras nações tenham a posse desse poder. Além disso, os presidentes americanos cada vez mais vão se tornando intolerantes e ditatoriais, invadem nações, mesmo que o mundo os condene. Lembro-me de um “rock de protesto” dos anos sessenta, onde o vocalista, cuja voz era semelhante a do eloqüente Bob Dylon, dizia que vivemos cada dia como sendo o último, porque vivemos sempre “the eve of destruction”, (a véspera da destruição). Calou fundo esta música naqueles anos, quando vivíamos a quase certeza de uma destruição pelas bombas atômicas e de hidrogênio. Acirrava-se o ódio entre o socialismo da URSS e o capitalismo dos EUA. Nixon era o Bush daqueles tempos. No Vietnã morria-se por atacado diante de uma guerra nunca vista em todas as épocas, porque uma nova tática era colocada em prática pelos vietcongs: uma guerrilha generalizada. Hoje, no entanto, quem avisa é o planeta. Avisa com as mudanças climáticas, temperatura subindo, chuvas demasiadas, os temporais, ventanias nunca sentidas antes, estranhos trovões, chão que se abre, mar invadindo terras, geleiras derretendo. Se a humanidade não for destruída por guerras nucleares, poderá sê-la pela humilde natureza nos próximos séculos, quem sabe um milênio. Até lá este planeta será cada vez mais um lugar difícil de se viver. Nossos netos, bisnetos e tetranetos viverão como animais, acuados pelo mar e num calor sufocante, com visões infernais de incêndios por toda parte e levantarão impropérios contra nós, os culpados. Ainda dá tempo de sermos humildes, plantando árvores e amando-as, praticando cada vez mais o que os ambientalistas pedem e aconselham. Ainda dá tempo de refazermos o que destruímos. Ainda dá tempo dos capitalistas terem o bom senso para não dizer “vergonha na cara” de aceitarem o fato de uma destruição inexorável, caso não mudem seus comportamentos espoliadores. Caso contrário, o planeta abrirá nossos próprios túmulos através dos cataclismos.



Jeovah de Moura Nunes

Jornalista e escritor







Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui