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Artigos-->NOSSA DEGRADAÇÃO AMBIENTAL E SOCIAL 2 -- 06/04/2007 - 19:35 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Aos poucos já vamos observando nos horizontes paulistas as queimadas, que tanto nos atormentam durante oito, ou nove meses por ano. Já vemos os primeiros focos de fumaças contaminando a atmosfera de poluentes, principalmente o CO2, e os ares vão ficando irrespiráveis, sufocantes, sem umidade suficiente para abastecer nossos pulmões. Atualmente, o Estado de São Paulo já é praticamente um imenso canavial. Em breve será o Brasil todo. Alguns anos atrás previmos essa possibilidade, quando vimos a notícia de que o Japão se preparava para a fabricação de carros movidos a etanol. Agora com o aperto de mãos dos dois maiorais: Lula e Bush, os usineiros devem estourar muitos champanhes diariamente. Os usineiros são muitos deles descendentes de estrangeiros. Aliás, não sabemos como os estrangeiros enriquecem tão cedo aqui no Brasil. Supomos trazerem muita “grana” lá de suas terras. Assim é que os “severinos” entram na fila do novo modelo de escravidão, sem chicote, mas com muita fome e necessidades prementes na vida de cada um deles. São homens e mulheres genuinamente brasileiros. Agora quanto aos estrangeiros podemos chamá-los de “sanzzaflanellas”, já que são boa parte de origem: italiana, alemã, russa, belga, enfim: Europa em peso. É a riqueza “gringa” explorando até o talo os “novos escravos brasileiros” em pleno século XXI. Se nossa República, cujo rosto está em todas as notas de nossa moeda corrente, tivesse um pouquinho de bom senso, certamente que rasgaria a Lei Áurea, ou melhor dizendo: revogaria. Afinal que lei é esta que aboliu a escravidão, mas aprova novos modelos escravocratas? Deve ter abolido apenas o chicote. Talvez porque seja somente de dois artigos e não houve um estudo mais profundo ao abolir uma escravidão calejante de mais de 350 anos.

A escravidão começa com esse salário-mínimo, o mais mínimo do mundo. E isto num país capitalista que segundo afirmam os especialistas formados em renomadas universidades: é o país das oportunidades. Oportunidades para quem? Para uma classe superiora? Ou uma raça superiora? Parece que temos aqui o mesmo problema fascista e nazista. Lembro-me agora que o holocausto de Canudos foi praticado por soldados louros e de olhos azues de um batalhão sediado no Rio Grande do Sul. Passavam a noite toda degolando ao vivo homens, mulheres, velhos e crianças. Com quê finalidade a gente pergunta? Ora, matar os “severinos”. Acabar com a coragem dos “severinos”. Só que isto não irá acontecer porque os “severinos” têm uma coragem inacessível aos “sanzzaflanellas”. A única coragem dos “sanzzaflanellas” foi atravessar um oceano fugindo de guerras que sacudiram a Europa durante décadas. Isto é: fugindo da luta, quando o país mais precisava deles. Os “canudenses” não fugiram da luta. Preferiram morrer a submeter-se a uma República que nunca entendeu nada de socialismo. Para quem ainda não compreendeu: os Estados Unidos são uma República extremamente socialista, exatamente porque dá oportunidade a todos. Tanto é verdade que para lá se dirige o mundo todo no anseio de melhorar sua vida. Lá o capitalismo não é apenas um nome, é vivência, luta, progresso para todos e não apenas para uma casta predadora. O próprio Henry Ford mandou baixar os preços dos automóveis que fabricava, depois de aumentar o salário de seus trabalhadores. Por que? Ele sabia que não iria sobrar um carro no estoque e o dinheiro voltaria para ele. Mas, acima de tudo sabia que estava dando uma oportunidade a todos eles, seguindo o contexto geral dos Estados Unidos: um país para todos e não apenas para meia dúzia de charlatões e corruptos. E ainda tem gente que se assombra com a criminalidade! A história da humanidade nada mais é do que a eterna luta entre as classes. Aos poucos vamos vivendo isto por falta de um modelo mais socializante, e o pior: cada vez mais degradante como ocorre aqui.



Jeovah de Moura Nunes

Jornalista e escritor















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