A imprensa de fim-de-semana abordou profusa e em pormenor o caso da «engenhoca-baldroca» que aos portugueses bem demonstra, por óbvia ilacção do manobrismo adjacente, como vão e estão os corruptos e os corrompidos.
Também, não dando margem a qualquer dúvida, mais uma vez exemplarmente se auto-esclarece quanto a partidocracia instalada está no ponto do rebuçado. A oposição política ao Governo visa tão-só provocar a dança de cadeiras, persistindo mixordar sobre a mixórdia que arrasa a credibilidade de uma instituição que soçobra entre lentes e candidatos a doutores.
António Barreto, que actualmente na televisão protagoniza a mudança dos ventos em Portugal, afirma que o Primeiro-Ministro poderá durar até 2009, recandidatar-se e ganhar outra vez, mas que não conseguirá limpar mais a nódoa que de lés a lés lhe esborrata as lapelas da dignidade.
Por sua vez, instado pela comunicação social face à evidência, o representante máximo do país, a fim de que à sua batuta não se atribua qualquer espécie de ínvia orquestração, recusa comentar tão histriónicas e mirabolantes peripécias.
Toda a cola que improvisadamente se produza ou venha ainda a produzir não tem a mínima consistência para segurar o amarelecido edital que o ministro da tutela abruptamente anunciou, agindo como se nunca cá tivesse estado. Então, encerra-se assim uma universidade «independente» e siga o processo nas barbas do Vasco da Gama (que ironia!) que as contas estão fechadas e abertas imediatamente?...
Meninas e meninos corram depressa para outra ou reclamem às portas dos quarteis a reposição da decência mínima em Portugal. Desta feita, como aviso simbólico ao futuro, coloquem-se urtigas nos canos das metralhadoras. A política está bexigosamente incontinente em cima da latrina que esbarronda por todos os lados.
António Torre da Guia |