Assim de repente, pelo que em jovem aprendi da História Universal, o povo francês terá no próximo dia 6 de Maio pela primeira vez a oportunidade de colocar à cabeça do seu destino uma mulher.
Joana d Arc (1412 - 1431), donzela de Orléans, queimada viva aos 19 anos de idade, teria tido porventura auspiciosa elevação política se não fosse a abrenúncica concertação dos ínvios que pelo poder a qualquer preço não lhes passava no cérebro a mínima hesitação.
Et Jeanne, la bonne Lorraine
Qu Anglais brûlèrent à Rouen;
Où sont-ils, où, Vierge souvraine?
Mais où sont les neiges d antan?
Temos pois no decorrente quotidiano francês um candidato e uma candidata ao cadeirão-mor no Eliseu: Nicolas Sarkozy, um político duríssimo com carácter belicoso, e Ségolène Royal, uma delícia de mulher que para rir não precisa de forçar.
Eu, por exemplo, pelo que deduzo através de acontecimentos recentes que fui captando, não tenho dúvida alguma sobre o que Sarkozy ri agora, não rirá imediatamente a seguir. Duas primas que tenho em Bonneuil sur Marne, de integral nacionalidade francesa e curso superior, informam-me que com Sarkozy a França correrá o enorme risco de azedar em relação à Europa.
Ora, segundo o título, o que é que estou a visionar e a inerpretar por uma República deveras? É tão simples como isto: tornar a bela estátua simbólica em carne e osso. Só com esta imagética, eu, que sou um reformado sob a Segurança Social Francesa, votaria sem hesitar em Ségolène. Dá-me ideia de que estou a cogitar em português: - Estou ceguinho querida Helena...