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Artigos-->UMA BOLA DE OURO -- 23/04/2007 - 21:29 (Marcodiaurélio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Uma terça-feira, dez e meia da manhã, depois de muita conversa daquelas de deixar o mundo todo certinho, Zé Maria, no alto de seus 36 anos, em plena praça informa pros seus companheiros de conversa fiada: Hoje eu vou almoçar com o Monsenhor.

Vai nada, rumoreja Biu Nôzim.

Tu vai comer é vento na casa do padre, completa Severino.



Nessas alturas cada um dava uma gozada no desejo de Zé Maria.

Desafio vai, desafio vem, fizeram uma aposta: Se Zé conseguisse almoçar na casa do Monsenhor, a cambada pagaria a cachaça dele no próximo final de semana.

Pra vocês que não conhecem o Monsenhor, essa aposta não era assim tão fácil pra Zé, não. O Monsenhor era tão sovina que até as galinhas dele bebiam água nas casas da vizinhança. Pra não precisar falar muito, basta se dizer que nunca ninguém viu o Monsenhor botar a mão em baixo da batina, quanto mais se saber que nela houvesse sequer um bolso. E tem mais, no varal do quintal dele nunca se viu uma cueca botada pra secar. Era homem de muita economia.

Pois, então? Zé Maria segue com o magote apostador, se posta defronte da casa do Monsenhor esperando ele chegar pro almoço. A tropa, curiosa, ficou escorada numa mureta de um terreno baldio do outro lado da rua, só pra testemunhar o desafio.

O Monsenhor foi se aproximando, e Zé deu o bote:



- Reverendo, eu preciso falar muito com sua pessoa.

- Pois não, meu filho, pode falar.

- Mas Monsenhor, o assunto é sigiloso, não sei se vai dar pra falar aqui, não...

- Diga, não se preocupe...

- Sabe o que é, o senhor que é uma pessoa estudada, entendida da vida, conselheiro das boas almas, bem que podia me dizer quanto vale uma bola de ouro, assim desse tamanho?

- Vamos entrar, vamos entrar. Venha pra cá... Ô Lia, bote mais um prato na mesa, temos uma visita hoje...

Zé Maria sentou-se, e comeu de tudo que teve gosto. Depois de meia hora de boas conversas, saiu palitando os dentes, e provando pra cambada que havia vencido a aposta, ainda sentou-se no terraço pro arremate final.

- Sim, meu filho, agora me diga, onde você encontrou a tal bola de ouro?

- Encontrei ainda não, Monsenhor, eu só queria saber caso um dia eu encontrasse.



O Monsenhor botou Zé Maria pra fora!



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