... Teria pois escrito «discurso de cavaco», entronizando e propalando ainda mais o sincopado arengante que se instalou. Seria mais pertinaz em colocar o trato dos pais à mercê dos filhos, daria mais enfase aos espertozóides revolucionários que já não sabem o que hão-de fazer ao cabelo e às orelhas. Afirmaria que a dignidade é um lugar bafiento que estagna a expansão dos símios. Oh... Aconselharia a utilização de uma das manapulazinhas como grafo (dedos), colher (palma em concha) e faca (unhas afiadas). Na outra, bem esticadinha, o prato, em concha, o copo, e nas costas dela, o guardanapo. A finalizar, iriam as duas de saca-rolhas com a garrafa metida entre as pernas para dar ao vinho a temperatura ideal...
Se, pois - o "se" de Kipling - os portugueses fizem exactamente o que o senhor Cavaco Silva pensa, diz e faz, ficaria demonstrando que através de ditaduras ou democracias não há ideologia alguma que obstrua a honra, a dignidade e a honestidade do Homem que construiu exemplarmente a sua vida, família e demontra-o.
José não vás por aí. Isso é ditado copiado. Não vale.
António Torre da Guia
PS = Falta o "s" em demonstra-o, falta, sim senhor. Fi-lo de propósito, não fosse algum "pensudo" pensar que estava a referir-me a Salazar. Salazar não tinha por onde doer: não tinha família constituída por si.