Resolvi publicar este texto que agora se transformou em denuncia pública, devido aos atos de canalhice explicita que envolveram e envolvem este episódio que poderia ter tido um final trágico para pessoal envolvido e suas famílias; ao invés de tomarem uma posição para a punição dos que causaram este fato deplorável e esta quebra de regras de segurança praticamente criminosa , o que ocorreu foi a tentativa de abafamento do caso por meio da supressão dos documentos seguintes removendo-os do sistema incluindo ai o meu computador pessoal de bordo .(Sala de Radio) Porém, (não contavam com minha astúcia parafraseando o ridículo “Chapolim Colorado")esqueceram-se de que nem todos são canalhas e coniventes na industria do Petróleo.
Alcir JT de Souza
PROCEDIMENTO PARA RECEBIMENTO DE AERONAVES !
DISTRIBUIÇÃO DE VOOS POR CORES:
CHAMADAS PARA OS VOOS POR CORES DESIGNADAS:
SUBIDA PARA A SALA DE ESPERA APENAS PELOS RELACIONADOS PARA O VOO:
OS DEMAIS PASSAGEIROS DEVERÃO AGUARDAR A CHAMADA PELAS CORES DE SEUS VOOS NO PASSADIÇO DE VANTE:
BAGAGENS LEVADAS AO DECK (ANTES DOS DEGRAUS DO HELIPONTO) PELO PASSAGEIRO QUE RETORNARÁ A SALA DE ESPERA:
AS BAGAGENS SERÃO CONDUZIDAS PARA A AERONAVE PELO PESSOAL DE ATENDIMENTO AO VOO:
APÓS A ATERRISAGEM OS PASSAGEIROS QUE CHEGAM PERMANECERÃO NA AERONAVE ATÉ AS BAGAGENS A BORDO SEREM RETIRADAS PELO PESSOAL DE ATENDIMENTO AO VOO E COLOCADAS EM FILA PARA RECONHECIMENTO E RETIRADA POR SEUS PROPRIETÁRIOS, QUE SEGUIRÃO PARA A SALA DE ESPERA ONDE PASSARÃO SEUS COLETES AOS PASSAGEIROS QUE IRÃO DESEMBARCAR, QUE ASSIM SEGUIRÃO PARA A AERONAVE E NELA ADENTRARÃO:
O HLO CHECARÁ A OPERAÇÃO E DARÁ O “OK” PARA A DECOLAGEM.
SEM MAIS
ALCIR JT. DE SOUZA
RADIO OP. GMDSS/HLO
MPOSV SEALION AMAZÔNIA
De / from: MPOSV SEALION AMAZÔNIA ( Tel.: 21 fax: Sala de Rádio)
Para / to : Apoio Aéreo
Data: 21/4/2007
Horário da coleta dos dados: 14:40 e 15:00h
Relatório sobre a troca de turma realizada por aeronaves (5) nesta unidade em 21/04/2007
Em preparação para a troca de turma na data supra citada, um dia antes foi preparado por este HLO um procedimento de recebimento de aeronaves e de controle de passageiros em situação de desembarque que utilizava um código de cores distribuídas entre os vôos o que é padrão em unidades de prospecção quando pela ocasião de grandes trocas de turma como foi o caso nesta unidade na data supra citada.
Foi feita uma descrição de procedimentos (segue anexo)que foi previamente apresentada e aprovada pelo comandante da mesma o Capitão Rogério Nóbrega; ato seguinte foram postadas em locais de visualização para todos os a bordo e varias vezes foi explicado aos membros do grupo de recebimento de aeronaves este novo procedimento e suas implicações; foi por mim instituído que:
Após a chamada dos passageiros pelas cores dos vôos deveriam eles dirigirem-se até a sala de espera; onde após levarem suas bagagens para o corredor de acesso ao heliponto deveriam retornar a referida sala e aguardar as instruções de embarque o que ocorreu sem maiores problemas além dos inevitáveis atos de displicência comuns nestes procedimentos por parte dos que desembarcam.
Ao sair para a área exterior de acesso ao heliponto, deparei-me com apenas dois(2) marinheiros para operar os canhões de boreste e de bombordo e mais ninguém; fui informado que um dos oficiais de náutica atenderia ao comando e faria parte do grupo auxiliando-nos até o momento de seu desembarque da mesma forma que os marinheiros em já em operação; o que não ocorreu.
Não sei o que se passou, porém ficou-me claro que o referido “oficial” não se apresentou; o que obrigou-me a atender em toda a sua extensão aos dois primeiros vôos sozinho o que por si só é uma inquestionável quebra dos rígidos padrões de segurança de vôo exigidos pelas empresas envolvidas no trabalho “OFF SHORE” e principalmente pela Petrobras.
Após o termino do segundo vôo e pouco antes da decolagem passei a receber apoio do também oficial Fernando Otavio DV. Filho que permaneceu até o seu desembarque( uma terceira aeronave)no apoio as operações de recebimento de aeronaves. Passei então a contar também com o apoio do oficial de segurança Duílio Pedro T. Cabrera que prosseguiu até o fim da operação recebendo a aeronave restante.
Conclusões:
Devido a ausência de um apoio,uma situação de risco foi criada o que certamente ficou claro aos pilotos das aeronaves em questão:
Vôo 4518 HJR
Vôo 4517 LCR
E em parte ao 4519 SED
O que me leva a escrever este relatório é a tentativa de eximir-me de qualquer imputação feita pelos mesmos (pilotos) ao apoio aéreo pelo fato de apenas um HLO(além dos canhoneiros)encontrar-se em serviço no recebimento das aeronaves e dos passageiros que nelas se encontravam; visto que eu lá estava cumprindo minhas obrigações e como responsável pela situação não poderia deixar de reportar estes fatos.
Relato também que assumo total responsabilidade pela disposição das malas em área de escape( sem bloqueá-la) e pela intenção de transportá-las para a aeronave, como uma forma de reduzir a exposição dos passageiros as áreas de risco da aeronave o que certamente teria acontecido se tivesse eu contado desde o primeiro vôo com o apoio de mais uma pessoa na faina.