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Artigos-->DÁ PENA DE VER O ATUAL ENSINO PÚBLICO -- 09/08/2007 - 09:54 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




No nordeste existia um ditado: “até o diabo tem medo de criança”. Bom, se antigamente as crianças eram temidas, imagine-se hoje quando são extremamente protegidas pelo ECA. O marmanjo tem 17 anos de idade e é protegido por uma lei draconiana, podendo até matar o semelhante que tudo estará muito bem para ele. Pegará três anos de reclusão numa instituição onde será paparicado e depois rua. O defunto sequer tem direito de ser lembrado pela Justiça, uma vez que o menor é plenipotenciário e ninguém poderá nem mesmo ficar bravo com ele. É uma lei celestial! Quem a redigiu exagerou na dose, talvez pensando em seus pupilos, ou imaginou que o Brasil é o céu, quando na verdade vai se transformando numa Stalingrado de 1942. Naquela cidade da antiga URSS crianças de 12 anos lutavam rua por rua, esgoto por esgoto para defenderem o seu país. Aqui quando não estão transportando drogas, cortam dedos de professoras, ateiam fogo aos cabelos delas, dão pontapés, viram as mesas de pernas para cima, atiram pedras nas vidraças, formam quadrilhas, assaltam, fazem o que querem, ou gostam de fazer. A professora só sabe chorar. Nem reclamar não resolve mais. No final das contas prevalece a impunidade. O menor ao chegar à maioridade passa a acreditar que a impunidade continua e volta a praticar mais crimes.

Essa lei não foi idealizada para os tempos atuais. É coisa para o futuro, quando houver punições mais severas e de alcance das intenções da lei. Já disse neste espaço que a democracia vive por um fio aqui nas terras tupiniquins, pelo simples fato de não existirem punições exemplares e sim deliciosas punições: tais como vida ociosa na cadeia, visita feminina regularmente, banho de sol, celulares, aquadrilhamentos dentro das prisões, uma marmita no almoço com delicioso alcatra, enfim: o céu na Terra. Tem muita gente que ama ser preso só porque a refeição estará garantida. Nos EUA os presos trabalham, estudam e procuram melhorar seu status diante da sociedade. Ganham pontos por isso. Os presos renitentes no crime são levados para as rodovias que necessitam de algumas restaurações e trabalham o dia todo. De preferência debaixo de um sol escaldante e sem retirar as correntes, as quais não lhes permitem fugir. E a democracia por lá continua preservada. Aqui, corremos o risco de a qualquer momento um militar de alta patente com a paciência esgotada estourar um movimento parecido com aquele de 31 de março de 1964. E lá se vai nossa parca democracia para o esgoto.

Todavia, imagino que essas coisas no Brasil não sejam mais possíveis, uma vez que milhões de indivíduos necessitam da democracia até para sobreviver. São empresários, profissionais liberais, jornalistas, uma gama enorme de pastores, padres e políticos. Com uma nova ditadura teria de fazer filas enormes para prender, torturar e matar gente demais. Então julgo que essas minhas visões vão permanecer lá nos Andes e na Venezuela de Hugo Chaves, um cara idêntico ao Mussolini. Mas, o nosso Lula disse uma coisa que me fez pensar: “vocês não sabem o que vem depois da democracia!”. Será isto uma ameaça? Um prognóstico de mau agouro? Sai pra lá jacaré!

Para os governantes o menor é apenas um número em seus gráficos e quanto menos tempo ficar na escola os gastos reduzirão. A não reprovação é simplesmente um estratagema, cujo objetivo é maquiar índices para impressionar os tolos. A continuar assim estaremos produzindo incompetentes nas classes pobres e indivíduos de alta qualificação nas classes ricas, objetivos claros para obtenção de farta mão de obra com custos alternativos e bons empregos para os “doutores”, filhinhos dos donos dos negócios. Resultado evidente de uma discriminação das mais bestiais que o capitalismo já viu. Nem o nazismo da antiga Alemanha discriminou tanto, uma vez o ensino era igualitário. Se houvesse democracia neste país a escola pública igualava-se à particular, bastava investir pesadamente. Quem pagará muito caro por esses erros crassos de incompetentes governantes com relação à atual educação no Brasil será a sociedade, que parece apreciar o “me engana que eu gosto”. As vítimas das violências serão as classes ricas. Mas, todos acabarão vitimados pelo sistema deficiente.

Dá muita pena observar o atual ensino público neste país.



Jeovah de Moura Nunes





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