O poema a seguir foi escrito pelo meu irmão o Douglas de Moura Nunes, jornalista e um "self-made-man". Pessoa de grande prestígio junto aos mais carentes. Pessoa também inovadora e capaz de fundar uma biblioteca lá na cidade onde reside. Uma biblioteca justamente para as pessoas que não possuem condições de comprar um livro, ou de acessar locais que possuam livros. Douglas é meu irmão. Um orgulho para mim. Uma pessoa que por ser meu irmão fica difícil alguém acreditar na coragem e no esforço digno que ele é capaz de realizar.
Leiam o poema escrito em razão da dor que sofreu ao ser espancado covardemente por três indivíduos contrários à liberdade e a democracia, no dizer dele. Eu já os chamaria de pessoas covardes, sem a honestidade do enfrentamento justo.
Piauí. Um lugar que meu próprio pai se retirou em razão da desinformação e da violência que grassava nos tempos antigos. Parece-me que continua a mesma violência nos dias atuais.
Mas, vamos ao poema...
A PUGNA SUFOCANTE
Hoje auferi excessivos ataques
Altercadas e em termos depreciativos.
Sopapos e abraços rotos em que se arque
Dois ou três pertinazes do vício.
Injudiciosos desvelos e parcos sorrisos,
Sem dúvida acometimentos concisos.
Braços fortes e rígidos a se entressachar
Pugnando em meu corpo ingerido.
Ante o desespero a pugna sufocante
Sentia amiúde, minguar absorto.
Combalido a alma o hausto
o peito entresilhado e morto.
Não sentia a têmpera do empíreo e sonolento,
Ante o peso elevado e acre.
Os sentidos ofuscados e emudecidos
Calados no palor do massacre.
Previsto e desperto a alma fendida
No meio à turba e ao tumulto,
Ergo-me esgotado, o corpo ferido...
Arrostado, no entanto, denovo e altivo.
O déspota igualmente corroborado,
pela úlcera da droga em trejeito bestial.
Ratificada na fuga porfiado e covarde
Para vil, cercar-se do político boçal.
Este garante-lhe por certo a liberdade,
Brechas profundas que a lei dá.
Mesmo que o voto e a sua herdade
lhe sufoque o bolso, mas ao pilantra o lar!
Douglas Nunes
04.08.07
Obs.: Espancamento em que o autor foi vítima no dia 1 de julho de 2007 na cidade de Picos. Nota abaixo:
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O Primeiro Secretário do PSB e jornalista Douglas Moura Nunes sofre espancamento
Celles Antonio Lacerda Nunes
03.07.07
No dia primeiro de julho de 2007, domingo pela manhã o jornalista e primeiro secretario do PSB – Partido Social Brasileiro da cidade de Picos e dirigente da Biblioteca Comunitária Saberler, Douglas Moura Nunes residente no Bairro Pedrinhas na cidade de Picos saiu de casa para “fazer a feira”, no bairro vizinho do Junco quando, nas proximidades da Av. Senador Helvídio Nunes foi cercado por três elementos identificados como sendo Valdinei Marques de Sousa e seu irmão que atende pela alcunha de “Véi”, além de um terceiro elemento não identificado que passaram a agredir com golpes violentos, chutes e socos.
Segundo consta, Douglas Moura Nunes saíra de casa em direção à feira-livre quando se encontrava em frente à Unidade Escolar Miguel Lidiano foi abordado pelos três homens que o espancaram.
Douglas relatou que na abordagem, eles disseram que teria sido ele que fizera a reportagem sobre a invasão da casa do atual secretário de governo da Prefeitura Municipal de Picos João Bosco de Medeiros na madrugada do dia 16 de dezembro de 2003 no bairro Jardim Natal, tendo sido um ou dois deles os criminosos que invadiram a casa naquele ano e amarrados os moradores na cama. A seguir os três elementos passaram a espancá-lo com chutes, socos e pontapés.
Populares que se achavam no local socorreram a vítima que esvaindo-se em sangue foi conduzida na garupa de uma moto ao Hospital Regional Justino Luz, porém o mesmo veio a desmaiar a meio caminho quase caindo da moto, permanecendo por 15 minutos à beira da rodovia BR 316, ainda no Bairro Junco até a chegada de uma viatura do SAMU, que o conduziu ao Hospital Regional de Picos.
Testemunhas relataram ter ouvido um dos agressores dizerem que quebraria a cabeça do primeiro transeunte que cruzasse com eles e que os mesmos foram vistos promovendo desordem na rua, derrubando sacolas das senhoras que traziam suas feiras e outras arruaças.
A agressão injustificável dos três elementos vem reforçar a necessidade de um maior policiamento na cidade de Picos uma vez que aconteceu em plena luz dia, ou seja, os marginais não se preocupam em se esconderem, praticam as maiores agressões à vista de todos; sabedores de que ficarão impunes.
Depois de medicado no Hospital Regional, Douglas dirigiu-se até o 2 º DP e com o Delegado Abelardo José de Oliveira fez o registro da ocorrência que recebeu o número 843. No entanto, passados dois dias dos fatos acontecidos e a 3 º DP do Bairro Junco continuava sem recebeu os laudos devido a ausência do Sr. Delegado de Polícia Dr. Carlos Eduardo, estando presente apenas os escrivães e investigadores que não agilizam os inquéritos policiais para prender os agressores.