A propaganda é a alma do negócio... Uma boa campanha de marketing não falha, e vende até o certo pelo duvidoso. Até uma boa literatura é precedida por uma boa estratégia de marketing, a começar pelo título. O título deve conter todos elementos necessários para aguçar a curiosidade do leitor. Um bom título contém mistério quanto ao seu verdadeiro conteúdo, transformando o texto em si numa verdadeira montanha russa. Um bom título deve conter uma idéia intrigante, ou alguma imagem marcante, interagindo com o subconsciente do leitor.
Depois do bom título, resta uma boa campanha de marketing em anúncios cintilantes e fosforecentes, instigando ainda mais a curiosidade no leitor. A campanha de marketing deve ser perfeita, sem mais palavras, ou menos. Deve conter apenas o necessário para atrair sua atenção, que apenas uma olhadela não será mais o suficiente para sanar sua sede de letras. Deve ter impacto, ser direto e conciso, e marcar presença apenas o necessário deixando sempre um gostinho de quero mais.
A seguir, o texto... É difícil seguir uma linha de raciocínio até o final sem escorregar, e é matéria para uma noite de insônia inteira. Mas apenas o suficiente para você corrigir os erros, liberar os pontos e vírgulas excessivas, e adequar o texto ao formato. O quadro de aviso serve como propaganda aos textos e seus formatos. O quadro de avisos é poesia concreta e pós-moderna. O quadro de avisos é simplesmente um veículo de aparição, onde todo mundo tem direito de aparecer, até mesmo que seja num anúncio publicitário de um texto autoral. Todo mundo quer aparecer no quadro de avisos.
Quem disser que não quer aparecer no quadro de avisos, provavelmente deve estar mentindo. Porém não deve estar enganando ninguém, deve enganar-se a si mesmo, em sua plena hipocrisia de que está tudo bem e que a superioridade lhe dói as vistas. Aliás, tá todo mundo aparecendo, lá no quadro de avisos, até mesmo os mais tímidos e calados. Alguns afoitos, outros insanos, outros plenos e seguros de que do lado de lá têm palmeiras onde canta o sabiá, e as aves que cá gorjeiam, não gorjeiam como lá....