Mal principiou a fazer 53 anos de idade, espaço temporal onde os abismos começam nitidamente a desmonstrar-se, ei-lo no momento azado para encarnar a extrema plenitude do voo da águia, o carnívoro pássaro impante com «a», que o inteligentíssimo professor-doutor Salazar mandou colocar logo à entrada do salvador livrinho de todos os analfabetos. Hoje, gritando sincera e profundamente para o meu interior, interrogo os arcanos: porque diacho o mais nítido português de todos os tempos não terá escolhido a «água» para fundamentar sem hipótese de polémica, a primeira letrinha do alfabeto português?... Oh, a água, voa-voa muito mais alto do que a águia e faz as águias que lhe der na veneta.
Bom, adiante, José António Camacho reentra num ápice a treinar o Benfica. Num brevíssimo minuto, os santinhos do Fernando mandaram-no num esplendoroso trovão ao céu e logo no sequente relâmpago fulminaram-no, depositando-o no inferno.
O que é que Camacho, a partir de Novembro de 2002, fez no maior clube português que já não é? Logo à partida enviou para o desemprego Jesualdo Ferreira, ganhou a Taça de Portugal 2003/4 após prolongamento (2-1 ao Porto) e regressou de novo ao Real Madrid para meter «água» por todos os lados.
Bem-Vindo hermanito José António. Vai servir um c$rebro que não sabe deveras o que diz, mas, quanto a mim, tem sido muito feliz no que faz e desfaz. Entretanto, o engenheiro Fernando Santos terá de conformar-se com a época. Os ventos não andam nada bons para as engenhoquices. Qualquer Leixões produz novas invenções, essas invenções que deitam por terra milénios de paciência e sabedoria.
Resta-nos ver, apreciar, fruir o movimento da bola na embrogliante gláxia da actualidade futebolística. Até parecemos «coisinhos» aos pinchinhos para dar com as cabecinhas no céu!...