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Artigos-->A DISSONÂNCIA DA LEI COM A REALIDADE -- 28/08/2007 - 09:40 (Jeovah de Moura Nunes) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Todos sabem da existência da lei como resultado dos costumes de um povo. Em nosso país não tem sido diferente dos outros países do mundo. Mas, atualmente o clamor de uma desafinação geral das leis com os costumes de maioria da população pode estar chegando a um ponto culminante. A população honesta é obrigada a conviver com uma quantidade absurda de pessoas de alto gabarito social, porém de moral decaída, acostumada a usurpar direitos alheios, a roubar e a prostituir o caráter em benefício de si mesmas. Dessa maneira os mais humildes passam a saber porque os ricos são ricos. Claro, nem todos têm suas riquezas apoiadas em bases desonestas. Contudo, a quantidade de indivíduos ricos, ou políticos em cargos eletivos flagrados como ladrões, desonestos e aquadrilhados deixam os ricos/honestos em situação desconfortável perante os humildes, porque estes avaliam uma classe pelo seu uniforme. E o uniforme dos bons ricos quanto dos maus ricos é o dinheiro, ou as posses.

Sabe-se agora que não era apenas entre os pobres a existência de ladrões. Entre os poderosos também. A impressão que ficava era a de que a maioria dos criminosos tinha origem na pobreza, entre a população favelada e entre os menores protegidos pelo ECA. O fracasso das punições está sedimentada em leis criadas na intenção de favorecerem os acusados de procedência política, legislando assim – criminalmente falando – em causa própria, sobrando nessas leis espaços para a impunidade dos potenciais bandidos de origem pobre.

Esta situação leva-nos a deduzir do porque todos nós pagamos tanto impostos e não temos retorno das instituições e dos programas sociais, tais como o INSS, a educação, o transporte, a moradia, o emprego e tantas outras necessidades do cidadão comum. O dinheiro dos impostos vai para majorações sucessivas de salários de funcionários de altos escalões como os magistrados do STF, os senadores, os deputados federais e todos os mesmos poderes inerentes aos Estados e Municípios, além de alimentar os anseios de homens corruptos, os quais, ou fazem parte do poder, ou são os empresários corruptores a esvoaçarem como moscas em volta dos três poderes, estimulando a corrupção, além da enorme quantidade de funcionários nomeados pelo presidente Lula sem concursos e com altos salários, os quais, segundo disse o senador Mão Santa em discurso no senado: “são petistas, que irão pagar o dízimo ao partido, fortalecendo-o. São os novos aloprados de Lula”. Este comportamento, embora vergonhosamente legal, tem aparência de lavagem de dinheiro a favor de um partido.

O grande apetite do governo em meter a mão no bolso do cidadão vai cada dia crescendo mais, uma vez que este cidadão é manso, não reclama e parece ter cacife para continuar sustentando tanto os honestos, quanto os ladrões. A permanência da CPMF é uma prova dessa anomalia social. Dá o atestado de que nossas leis são sórdidas, principalmente aquelas que favorecem os políticos, dando-lhes status de deuses na Terra. No entanto, coisas começam a acontecer. Por exemplo: o número crescente de pessoas abandonando suas posições de eleitores a cada ano vai deixando um vazio na hora de votar. As parolagens e falácias dos políticos já não encantam as pessoas mais esclarecidas. Em breve teremos leis mais duras obrigando o eleitor a votar, contrariando um conceito democrático de liberdade para votar ou não votar.

A solução para tudo isso seria reescrever o Código Penal, modernizando-o em uma realidade atual, sem seqüelas coloniais, nem favorecimentos hipócritas e vestígios de triste memória da década de 40, que mais estimulam as endêmicas corrupções dos políticos, e os negócios de pessoas de moral duvidosa, cuja riqueza também duvidosa, esconde-se atrás de uma fonte econômica reconhecida, quando não passa de um “respeitável” traficante de drogas. Nosso país não avança porque não se reforma o necessário: as leis penais, as quais, assemelham-se muito mais às piadas de mau gosto, conforme opiniões das pessoas honestas. Já era tempo de visualizarmos leis mais severas tais como a pena de morte e a prisão perpétua, uma vez que a criminalidade, principalmente os monstruosos assassinatos crescem assustadoramente.



Jeovah de Moura Nunes



(publicado no jornal "COMÉRCIO DO JAHU" de hoje dia 28 de agosto de 2007 - página 2 - Opinião)



www.comerciodojahu.com.br











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