Veja porque o Governo tanto se empenha nos bastidores para garantir a continuidade da cobrança da CPMF até o ano 2011: O orçamento da União para 2008 prevê receitas brutas de R$682,7 bilhões, mas subtraindo-se as transferências de R$117,1 para Estados e Municípios, sobrarão receitas líquidas de R$565,6 bilhões. Destes, R$389,4 bilhões serão destinados ao pagamento das despesas obrigatórias, que incluem o pagamento dos salários dos servidores públicos, os benefícios sociais, etc, e mais R$129,6 bilhões para despesas não obrigatórias, restando um superávit de apenas, R$46,6 bilhões. Como a arrecadação da CPMF está estimada em R$39,0 bilhões, significa que, sem ela, sobrariam míseros R$7,6 bilhões para os investimentos. Em 2008 vamos pagar de juros da dívida pública R$104 bilhões, (União, Estados e Municípios) a qual já ultrapassou a barreira de um trilhão de reais. Diante desta situação, não há como ampliar os investimentos públicos, os quais vão continuar sendo feitos pelas empresas estatais, especialmente a Petrobrás, e a iniciativa privada. Neste Governo, já foram incorporados 190 mil novos servidores e para 2008 está prevista a contratação de mais 28.700, que poderá chegar a 56.000, conforme prevê o referido orçamento! Assim, em 2008, o número dos funcionários públicos vai ultrapassar a casa de 1.000.000! O principal problema do Governo sempre foi o gasto público crescente e sem freio. Enquanto isto, a saúde, a segurança pública, as rodovias e a educação continuam um verdadeiro caos. E a "gastança" vai continuar. Preparem o bolso.
