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Artigos-->Uma resposta ao governador do Rio de Janeiro -- 30/10/2007 - 08:17 (LUIZ ROBERTO TURATTI) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos






Uma resposta ao governador do Rio de Janeiro



Por Prof. Dr. Felipe Aquino




“O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho (PMDB), pai de cinco filhos, defendeu a legalização do aborto como forma de conter a violência no Estado e afirmou que as taxas de fertilidade de mães faveladas são uma ‘fábrica de produzir marginal’.” (Folha de São Paulo/Cotidiano, 25/10/2007). Lamentavelmente outros governadores e políticos pensam da mesma forma.



De acordo com o Governador, parte das mães moradoras de áreas carentes “estão produzindo crianças, sem estrutura, sem conforto familiar e material”.



Recebi vários e-mails pedindo que desse uma resposta a esta proposta do Governador.



O mais lamentável de tudo na palavra do Governador é que ele diz: “Sou cristão, católico, mas que visão é essa? Esses atrasos são muito graves.” Isto foi o que mais me doeu.



É preciso dizer ao Governador que ele pode até ser católico, porque foi batizado na Igreja Católica, mas não está em comunhão com a Igreja. É um filho rebelde que precisa voltar ao seio da Igreja. Quem não obedece a Igreja não é católico de verdade. Jesus disse aos Apóstolos: “Quem vos ouve a Mim ouve; quem vos rejeita a Mim rejeita; e quem Me rejeita, rejeita Aquele que me enviou.” (Lc 10,26). Rejeitar a doutrina da Igreja é rejeitar Jesus Cristo e Deus Pai.



É lamentável de todo a visão cega e pagã do Governador que não enxergar que o aborto é um crime. Se os seus cinco filhos, que hoje já nasceram, fossem abortados quando eram fetos, ele não os teria hoje. Se ele, graças a Deus não os abortou, por que agora convida os pobres favelados a abortarem os seus filhos? Então, a vida do pobre vale menos?



Atraso, Governador, é matar o próprio filho no ventre da mãe! Todos os que defendem o aborto já nasceram.



Muitos infelizmente querem justificar o aborto como necessário para evitar ou solucionar problemas de ordem econômica ou social: fome, desemprego, baixo salário, moradia; motivos subjetivos da gestante (por exemplo: solteira ou, sendo casada, ter engravidado em um adultério; gravidez indesejada, estupro, etc.), e muitos outros motivos.



Mas em qualquer situação é absurdo pretender solucionar os problemas mediante o aborto. Será que a morte pode ser solução para os problemas da vida? É um fracasso humano aceitar essa ótica desumana. Nem os animais fazem isto.



Sabemos que não há solução fácil para um problema difícil. Propor o aborto para solucionar o problema social, é uma barbaridade; é uma “solução fácil” e irresponsável. Como podemos resolver os problemas da vida eliminando a vida? Que lógica é esta, Governador?



Matar o ser humano no ventre da mãe jamais será uma solução correta e digna para resolver os problemas da humanidade. Os meios não justificam os fins; não se pode fazer o bem através do mal.



As soluções para os difíceis problemas sociais ou pessoais, especialmente o combate ao crime, devem ser encontradas em providências governamentais, forte ação social, educação de base, aliadas à participação privada, e muito mais.



Sr. Governador, propor o aborto para vencer o crime no Rio de Janeiro, ou em qualquer outro lugar, é dar um atestado de fracasso humano, de covardia diante da vida indefesa, de desrespeito ao ser humano em gestação; é falta gravíssima contra Deus, seu Criador.



O crime se vence com educação dos jovens, emprego, promoção social, fortes programas de apoio à família, educação moral, cívica e religiosa, polícia preparada, justiça rápida, etc., e não propor o aborto. Se Herodes tivesse conseguido matar Jesus, o que seria da humanidade? Conheço famílias numerosas, que criaram 10, 11 filhos no campo, em situação de trabalho difícil, mas que não geraram marginais e não deixaram os filhos perecerem. Esses pais têm formação moral; amam seus filhos.



O que precisamos é ensinar às adolescentes e jovens a viver o sexo somente no casamento, para que cada criança que vier a este mundo tenha um pai e uma mãe que o ame e o proteja para que amanhã ele não se torne um marginal. O nosso Brasil geme sob essas dores porque deixou quebrar a moral familiar, deixou que a instituição sagrada da família fosse destruída pelo divórcio, pelo “sexo livre” e tantas imoralidades. Há provas contundentes, inclusive dos Relatórios da ONU, que não é verdade que a fome seja devida à superpopulação. Os países ricos, porém, ao invés de partilhar seus benefícios com os países pobres, e oferecer-lhes ajuda solidária, preferem impor-lhes controle da natalidade mediante contraceptivos, alguns dos quais abortivos, e mediante, também, esterilização.



Na América Latina muitos governos sempre estiveram sob forte pressão para reduzir o crescimento populacional, como condição para receber empréstimos do exterior.



A nossa sociedade tem sido, nos últimos tempos, atravessada por manifestações de grande contradição. De um lado, anuncia-se com júbilo o resgate de sobreviventes, depois de vários dias soterrados nos escombros de uma tragédia e noticia-se, com alegria, a descoberta de um bebê abandonado. A ciência genética abre novas esperanças à qualidade de vida e há já pais que congelam as células estaminais do cordão umbilical dos seus bebês. Mas simultaneamente ressuscita-se uma campanha violenta a favor da legalização do aborto. É uma enorme contradição; salvam-se as baleias e matam-se as crianças.



Fonte: Editora Cléofas, 26/10/2007.





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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”



LUIZ ROBERTO TURATTI.







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