UGANDA: 16/04/2004
SAÚDE
País reduziu a AIDS pela metade com programas de fidelidade e castidade
O jornal espanhol La Razón informou que Uganda, onde se encontram 10% das crianças órfãs vítimas da AIDS no mundo, reduziu o contágio pela metade com programas sanitários que privilegiam a fidelidade e castidade. Um artigo de Nicolás de Cárdenas informa que o sucesso dos ugandenses deve-se ao fato de que “longe de apostar como arma exclusiva e primordial no preservativo — o mais habitual na maioria dos países —, a política sanitária e educativa de combate à infecção está baseada na promoção da abstinência sexual, a fidelidade dentro do matrimônio e a castidade, especialmente entre os mais jovens”.
Segundo lembra o La Razón, a epidemia de AIDS começou nos anos 80 às margens do Lago Vitória, no sul de Uganda e dali estendeu-se por todo o continente africano onde agora há mais de 24 milhões de pessoas infectadas. No resto do mundo há menos de 10 milhões de portadores do vírus. Atualmente morrem 80 mil pessoas a cada ano de AIDS em Uganda, mas desde 1992, a política preventiva oficial conseguiu reduzir o contágio em 50%, o melhor resultado na África.
O presidente ugandês Yoseveri Museveni reconhece que o sucesso está na “promoção da abstinência e na recuperação dos valores da castidade e fidelidade”. Entretanto, nas esferas internacionais o caso de Uganda não é muito reconhecido. Segundo o jornal, “os excelentes resultados obtidos por estas políticas sanitárias não parecem ser suficientes para os organismos internacionais como a ONU (Organização das Nações Unidas) e a OMS (Organização Mundial de Saúde) que, em seu informe de 2003, afirma que ‘nenhum outro país conseguiu este resultado, pelo menos não em nível nacional’, mas oculta que os fatores determinantes deste êxito sejam, precisamente, a abstinência, a castidade e a fidelidade no matrimônio como opções fundamentais, e não, o fomento e distribuição gratuita do preservativo”.
O La Razón coletou declarações do professor de Epidemiologia e Saúde da Universidade de Navarra, Jokin de Irala, que afirma que a Agência para o Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos (USAID), reconhece que “a diminuição de casos de AIDS em Uganda se relaciona mais com as mudanças nos estilos de vida da população que com o uso de preservativos”. Segundo o professor Irala, Uganda “conseguiu com que os jovens retardassem o início de suas relações sexuais — recomendando a abstinência — e que a população tenha menos relações sexuais esporádicas coincidindo ou não com uma relação estável”.
O informe da USAID reconhece que “Uganda está conseguindo um efeito semelhante à existência de uma vacina que fosse 80% eficaz contra a AIDS” e para Irala, “o que estão fazendo em muitos países é simplesmente uma irresponsabilidade. Confiar cegamente nos preservativos sem entrar com mais nada na estratégia preventiva, é um erro que pode custar muito caro”.
Fonte: ESCOLA DA FÉ, 09/12/2004.
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“Fora da VERDADE não existe CARIDADE nem, muito menos, SALVAÇÃO!”LUIZ ROBERTO TURATTI.