Bem além das esquinas açodadas e cúmplices deste meu despautério, flui meu espírito cáustico, rumo à dicotomia letárgica do meu país. Onde se vive em complacência com o desmando cínico do ultraje, e a aculturação exótica que amortece qualquer discernimento.
Fazendo do absurdo a rotina e da indignação, apenas um frívolo sorriso no canto dos lábios de um insensato. Este que sou eu, ainda sobrevivendo na periferia da razão. E insistindo que o efeito talvez não tenha nada a ver com a causa, por causa da sensação exasperada que um dia a luz venha a sorrir por pura alegria.
E então a ignorância se desfaça assim, portanto passe a só ser uma nuvem escura, oculta numa página virada, um momento infeliz que caiu na lama da falta de argumentação.