Apenas cinco dias nos separam de um novo ano.
Quanta coisa ainda por acontecer...
Muitos nascendo,
alguns esperando pra nascer, outros crescendo.
E os que inevitavelmente partem...
“O universo numa casca de noz”
Vejo o título à minha frente, na estante,
e nunca me dispus a lê-lo,
como se nada tivesse de interessante...
Por que uma “casca de noz”?
Bem podia ser uma casca de laranja,
ou de abacate...
Sei lá!
Stephen Hawking...
Um exemplo de que apesar dos limites físicos,
a mente é ilimitada e pode alcançar infinitos mundos,
numa liberdade inimaginável.
Ao lado, Harry Potter,
com seus personagens bizarros
desafiando a mente jovem...
O que diria Chapéuzinho Vermelho?
Ainda prefiro a maravilhosa Alice
com seu coelho desajeitado
e toda saltitante dizendo:
- “Vou por aqui ou por ali?”
O Mundo de Sophia, numa filosofia desencontrada
que nunca se explica,
apoiado em O Código da Vinci,
de Brown, com seus Anjos e Demônios,
desvendando segredos
num desafio à nossa “lógica imperfeita”
que vive de seus relatos em meio a uma demência consentida...
Tanto para ler... E o tempo tão curto.
No fundo,
quero ler todos ao mesmo tempo
e acabo me perdendo
num emaranhado de tramas...
Pra relaxar a mente confusa medito.
Olho para o código dos galhos que balançam logo ali...
Uma linguagem tão simples
que ameniza o calor do sol
após os dias de chuva que já amargurava os olhos
na ausência das borboletas e dos pássaros.
E este ar límpido,
nesta tarde calma,
faz-me indecisa:
- Tomo um café
ou um suco?
- Os dois, talvez...
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