“A pedra segura. O espinho previne. O fel remedeia. O fogo refunde. O lixo fertiliza. O temporal purifica a atmosfera. O sofrimento redime. A enfermidade adverte. O sacrifício enriquece a vida. A morte renova sempre.
Aprendamos, assim, a louvar o Senhor pelas bênçãos que nos confere. Bom é o calor que modifica, bom é o frio que conserva. A alegria que estimula é irmã da dor que aperfeiçoa. Roguemos à Providência Celeste suficiente luz para que nossos olhos identifiquem o celeiro da graça em que nos encontramos. É a cegueira íntima que nos faz tropeçar em obstáculos, onde só existe o favor divino. E, sobretudo, ao enunciar um desejo nobre, preparemo-nos para recolher as lições que nos cabe aproveitar, a fim de realizá-lo segundo os propósitos superiores que nos regem os destinos. Não nos espantemos com as dificuldades ou os imprevistos dolorosos. Nem sempre o socorro de Cima surge em forma de manjar celeste. Comumente, aparece na feição de recurso menos desejável. Rendamos graças, pois, por todas as experiências do caminho evolutivo, na santificante procura da Vontade Divina, em Jesus-Cristo, Nosso Senhor.”
Este texto é assinado por Emmanuel, espírito, que viveu muitas experiências na Terra, sendo a maior delas quando visitava, na qualidade de senador de Roma, o governador da Judéia, Pôncio Pilatos, no momento em que Jesus era recebido, a mando dos sacerdotes do Sinédrio para ser julgado pelo povo. Na sua frieza de senador, Emmanuel, que não era Emmanuel e sim o senador Públio Lêntule não deu muita importância para aquele condenado. Até então ele não sabia que sua filha doente fora curada à distância por Jesus, a pedido de sua esposa, irmã de Cláudia Prócola, esta a esposa de Pôncio Pilatos. Ainda assim, o senador solicitou ao governador cautela naquele julgamento, dando a sugestão de que se Jesus fosse castigado talvez o povo pudesse aplacar a fúria contra Ele. Mas, Jesus foi castigado em demasia, e só não morreu porque possuía um corpo atlético. A cruz era instrumento de tortura e morte que demorava muitas horas e até semanas para morrer. Em razão dos excessivos espancamentos Jesus suportou ainda três horas na cruz.
Emmanuel é o guia espiritual do nosso Chico Xavier, falecido em 2002. O texto dele acima mostra claramente que não é apenas o guia do grande médium, mas o guia de todos os que acreditam na vida depois da morte, nas reencarnações, ou vidas sucessivas. O Espiritismo baseia-se num tripé: Filosofia, Ciência e Religião. Mas, é muito menos religião porque tem a característica didática, com informações comprováveis do mundo astral em combinação com este mundo.
Amigos, faltam sete dias para o Natal! Jesus veio e Jesus se foi. Ele certamente está num mundo glorioso, mas o fato deste nosso irmão maior dar tanta importância para nós, vindo a este planeta e morrendo em morte de cruz, já nos dá a sensação de seu imenso amor por todos nós. Portanto, o Natal é alegria! É o dia em que Ele chegou quando queremos tanto rememorar, comemorando! Ele chegou criança como nós. Pobre como a maioria de nós. Mais pobre do que todos nós, posto que nasceu numa manjedoura junto aos irmãos menores: os animais. Isto demonstra claramente que o orgulho dos ricos é piegas, é irrelevante, é cômico diante de tanta luz naquela estrebaria. Riqueza existe em toda parte! O planeta inteiro é rico! E não existe apenas este planetinha. Existem bilhões, bilhões, bilhões e bilhões de planetas! Tanto que Deus não precisa dar uma de rico. Ele sempre foi rico. E nós seus filhos também. A Terra nada mais é do que uma escola, onde aprendemos a ser filhos de Deus. Rendamos graças todos os dias, porque o agradecimento enriquece o espírito! Rendamos graças à vida eterna! Se a morte existisse nosso Deus seria um deus falso, adulterado, fajuto, porque Ele seria deus de mortos. Porém, a morte nunca existiu. E assim nosso Pai é Deus de vivos! É repleto de glória! Rendamos graças por tudo isso! Rendamos graças a Jesus Cristo! Rendamos graças em sermos filhos de Deus!
Feliz Natal com muita paz a todos os meus caríssimos leitores!
Jeovah de Moura Nunes
Jornalista e escritor
(publicado no jornal “Comércio do Jahu” de terça-feira, dia 18 de dezembro de 2007, página 2 – Opinião)
