Aí pelo fim do ano de 1955 ou começo de 1956 (não recordo a data), o então Gerente do Banco do Brasil em Santana do Ipanema-AL, Sr. Airton Batinga de Mendonça (o Batinga), junto com o subgerente Alberto Mário Buarque de Paiva e o caixa Humberto de Melo Souza, programaram um passeio à Capital Alagoana, com o objetivo principal de mostrar o famoso coqueiro ao pessoal da Agência.
Dito e feito. Em um sábado, de madrugada, partimos em dois carros para Macéió, onde os cerca de oito a dez excursionistas foram distribuídos por casas de colegas. No meu caso, por exemplo, fiquei na casa do Barroso (João Barroso Filho) e combinamos um encontro de todos, no domingo, a fim de irmos até a Ponta Verde, em cujo extremo - junto ao mar - ficava o Gogó. Que coisa linda! Nunca vi uma planta tão bonita! É pena que, já naquele tempo, havia muitos nomes de pessoas que lá estiveram e quiseram deixar uma lembrança, gravando o nome no tronco da árvore: corações, datas, etc.
Não precisa entender de botânica para se saber que o que fizeram contribuiu para a morte do Gogó da Ema; a par da maré descobrindo-lhe as raízes, sem que o poder público(na época o prefeito, que, na ruína do Gogó, era o Sandoval Caju) tenha incumbido alguém de protegê-lo dos vândalos e dos caprichos da Natureza! Um "rodapé" de cimento no tronco do Gogó, provavelmente, teria proporcionado mais anos de vida ao famoso coqueiro - marca registrada de Maceió!
O certo é que ter conhecido o Gogó da Ema, no auge da sua existência, nos foi um privilégio: o seu "esse" nos lembra Saudade!