Mídia Sem Máscara (MSM) é uma página existente na internet desde 2002, estruturada ao redor de um grupo de articulistas, redatores e editores, majoritariamente brasileiros.
Índice
1 Linha editorial
2 Perfil dos colaboradores
3 Temas abordados
4 Ligações externas
Linha editorial
De acordo com os mantenedores da página, a linha editorial do MSM é, através do media watch ou metajornalismo, abordar e analisar a mídia brasileira e internacional, de modo a evidenciar o que entendem ser a dominação dos instrumentos de comunicação públicos e privados por um "viés esquerdista". Ainda que tal viés seja - de acordo com a linha editorial do MSM - particularmente presente na mídia brasileira, alega-se que tal tendência também se faria presente, em maior ou menor grau, nos meios de comunicação de outros países.
Apoiando-se em tais pressupostos, o MSM se propõe a publicar, noticiar e dar vazão a fatos e idéias que estariam sendo sistematicamente desprezados, distorcidos ou omitidos dos noticiários impressos, audiovisuais e virtuais.
Sem que se desconsidere a existência de uma série de críticas contundentes a essa interpretação (por exemplo, que associam o MSM ao conspiracionismo e ao reacionarismo), é razoavelmente aferível que a página possui uma pauta relativamente permeável a assuntos por muitos considerados politicamente incorretos, tais como os direitos dos tabagistas, o apoio manifesto a Israel no âmbito do Conflito israelo-palestino ou posturas religiosas no que se refere a homossexualidade, entre outras.
A página também é divulgadora, por meio de traduções diretas, de artigos e ensaios de pensadores de outros países, como Daniel Pipes e Thomas Sowell e dispõe, desde 2005, de uma seção denominada Mapas Visuais, nas quais pretende organizar sistematicamente informações relativas a temas considerados mais complexos, como desarmamento e feminismo.
Perfil dos colaboradores
O grupo de articulistas, redatores e editores do MSM compõe um espectro variado de formações e profissionais, havendo desde economistas, advogados, médicos, jornalistas, administradores de empresas, militares aposentados, filósofos, magistrados, estudantes, entre outros. A página demonstra ter como editor principal o filósofo Olavo de Carvalho, embora outros editores já tenham, em maior ou menor grau, capitaneado o projeto.
Alguns críticos apontam que o jornalismo praticado no MSM seria, em razão de tão amplo espectro de formações, meramente diletante e/ou ensaístico e, por essa razão, desprovido da verificabilidade e do rigor técnico que tal profissão exige. Os mantenedores da página costumam responder tais críticas sustentando sua boa-fé, seu rigor investigativo e defendendo seus pontos de vista com veemência. De qualquer forma, é comum que os artigos divulgados na página resultem em polêmicas públicas e até mesmo processos judiciais.
Outras críticas costumam associar o MSM a interesses econômicos ou intervencionistas (embora raramente estes sejam nominados concretamente). Em contrapartida, é relativamente comum que os mantenedores da página aleguem, em resposta, serem colaboradores voluntários e não remunerados, imbuídos de interesses unicamente intelectuais e apartidários. De qualquer forma, ainda que as tendências políticas internas do MSM sejam muitas vezes conflitantes e auto-contraditórias (Conservadorismo e Liberalismo, por exemplo), a veemente contraposição do MSM a certos partidos e tendências políticas (notadamente o Partido dos Trabalhadores), definitivamente coloca o projeto no campo antipodal ao do Comunismo e do Esquerdismo.
Embora haja certa variedade no espectro político dos colaboradores do MSM, é possível aferir que a maioria deles comunga do pensamento dito "de direita", dentre os quais há conservadores, liberais, anarco-liberais, libertários e até mesmo religiosos, entre outras tendências e correntes.
Temas abordados
Do ponto de vista temático, a pauta do MSM está estruturada em ensaios, artigos, pesquisas e resenhas que vão desde política e economia, passando por filosofia, humanidades, história, religião e até mesmo assuntos científicos (ainda que alguns críticos apontem o diletantismo da página neste ponto).
Dentre o que o MSM aponta como sendo exemplos de uma parcialidade da imprensa estariam a ausência de notícias desabonadoras sobre o regime de Fidel Castro em Cuba e as alegadas ligações do Partido dos Trabalhadores (PT) com a guerrilha FARC.
No início de 2007, o jornalista Janer Cristaldo rompeu com o MSM após uma série de dissenssões internas decorrentes da abordagem, por este último, de assuntos religiosos na página. Cristaldo, adepto do ateísmo, sustentou que as convicções religiosas dos editores vinham progressivamente tolhendo seu espaço para críticas à Igreja Católica, ao papa e à religião cristã. Os mantenedores da página alegaram, na oportunidade, que as posturas de Cristaldo haviam se tornado progressivamente desrespeitosas aos demais contribuidores da página. Alguns meses mais tarde, polêmica similar envolveu Olavo de Carvalho e o economista Rodrigo Costantino, mas fora do MSM.
Projetos de cunho similar ao MSM, mas com abordagens distintas, são os websites Escola Sem Partido (voltado para debater a doutrinação política no ambiente escolar) e De Olho na Mídia, voltado para a divulgação do conflito palestino sob uma perspectiva israelense.