Existe, embutido no ser humano, o preconceito contra o que é "diferente"...
Haja vista que, nos costumes indígenas era de praxe que o pai se livrasse do filho deficiente físico, pois não iria ser "eficiente" para o trabalho, ou para a sobrevivência de uma suposta futura família.
Li isso em "Tibicuera", quando criança.
E ao longo persurso humano percebe-se que, não só no meio dos índios, mas com todas as raças, principalmente as ditas "superiores", os seres são preconceituosos com os paraplégicos, cegos, sem-pernas etc.
A preleção acima foi somente para entrar no que realmente mereceu uma longa reflexão minha, diante de um presentinho que recebi de um amigo: um TREVO de quatro folhas, devidamente embalado, acompanhado de uma mensagem de texto que dizia:
"Ao contrário da raridade de um trevo de quatro folhas, desejo que sua sorte seja rotineira e constante".
Pus-me a pensar em como a natureza humana é estranha.
Na realidade, um trevo de quatro folhas é um deficiente.
Já imaginaram, se as pessoas supervalorizassem os deficientes, da mesma forma como presenteiam os amigos especiais, com trevos?
Creio que é necessário olhar mais para o interior dos corpos e "ver" através dos sentimentos a riqueza que existe em cada alma...
Noto, também, que nos arranjos florais as florinhas tortas são as que mais graciosidade dão ao conjunto.
Por que somente com a natureza humana as coisas têm de ser diferentes?