... no próximo sábado, 31 de maio, os perplexos militantes do psd presumirão eleger o seu 16º. líder, desde que o partido, há exactamente 34 anos, se constituiu, em princípio com a designação de partido popular democrata.
das 16 personalidades liderantes - sá carneiro (1974-1978), emídio guerreiro (1975), sousa franco (1978), menéres pimentel (1978-1979), sá carneiro (1979-1980 - x, pinto balsemão (1981-1983) - x, rodrigues dos santos (1983-1984) mota pinto (1984-1985) - x, cavaco silva (1985-1995) - x, fernando nogueira (1995-1996), rebelo de sousa (1996-1999), durão barroso (1999-2004) - x, santana lopes (2004-2005) - x, marques mendes (2005-2007) e filipe menezes (2007-2008) - apenas 6 (assinaladas com x) desempenharam o cargo de primeiro-ministro.
em surpreendente média, não fosse a revolucionária dinâmica de sá carneiro e a sensata-perseverante década de cavaco silva, e o ppd/psd teria andado em permanente cambalhota partidocrática, o que sem dúvida alguma explica e justifica parte da cavernosa e estranhíssima crise-de-tudo com que o país se debate.
expostas as contas, desta feita, após rapidamente desfeita a expectativa em torno de filipe menezes, aos laranjinhas, laranjões, tangerinas e outras concomitantes aberrações por via de enxerto (zita seabra tem ou não tem estofo de candidata?), apresentam-se quatro candidatos: manuela ferreira leite, passos coelho, patinha antão e santana lopes.
... quanto a mim, assim como na américa milhões de «republicanos» votaram em obama para se librarem de hillary, no psd, algumas centenas de «socialistas-comunistas-bloquistas» votarão em ferreira leite para mais uma vez tirarem o tapete a santana lopes, táctica que manterá incólume e de processo avante a tacitura partidocrática, o tal fosso, onde, por mais que tentem o salto, os pobres cairão cada vez mais.
... segundo o louvado poeta regimental, «as palavras gastaram-se» e todos, menos os da choruda teta, parecem estar de acordo.
... se assim de facto é, defronte à situação que como areia movediça começa a mexer-se, são «eles» que irão persistir com a consabidíssima mesma treta ou seremos «nós» a impor a mudança deveras?... |