Quando se tem um Comandante em Chefe da FAs apedeuta é normal que as FAs se tornem acéfalas.
Mara/SP eu vaio Lulla POR UM BRASIL MELHOR
ENTRE JOBIM E ANTÔNIO JOÃO
(José Maria Leal Paes)
Há dois exércitos, no Brasil. Rigoroso, o primeiro vai de recruta a coronel. O segundo, macio, é o dos generais. A disciplina ordena o primeiro. A política, o segundo. Em julgamento, que espera o tenente responsável pela morte dos três rapazes nas mãos da bandidagem? Às estrelas: o capitão do Riocentro chegou a tenente-coronel (ou coronel?). Envolveu-se em única morte porque o dedo do Todo Poderoso impediu a enormidade da tragédia naquele 1 de maio de 1981. Acidente de trabalho, alguém ironizou. O EB 1 não gostou de ver capitão motorista de sargento - que a bomba estraçalhou no Puma - e pressionou o EB 2 a abreviar a agonia da ditadura. A boçalidade do tenente do morro da Mineira resultou em três cadáveres num lixão. Cacife maior na morgue, meu Deus! O EB 1 jamais destacaria soldado para vigiar o "cimento social" do bispo - de araque e sem báculo - candidato a prefeito dos cariocas. Todavia, o EB 1, ordinário, marcha! Obedece, segue "pelo guia". Nunca imaginou guiado por um Lula da Silva, cuja supina ignorância desconhece que fuzil tem alma. Raiada, ensine-se. O EB 2, extraordinário, digamos, não marcha: desliza por tapetes, coquetéis, altos e vistosos comandos, alamares, postos no exterior, adidos, dólares no dólmã, colunas sociais. Está mais para Jobim da Sucuri - fraudador da Constituição, papo de papa de carimã - que para tenente Antônio João, da cavalaria, e seus quinze homens a defender Dourados de 300 paraguaios. Não sobrou um brasileiro naquele 29 de dezembro de 1864. O atual comandante em chefe das forças armadas brasileiras não lê livro algum, muito menos os de História. E, na geopolítica peculiar que blatera, para ele o Brasil não faz fronteira com a Bolívia. Permite, contudo, que o exército boliviano tome refinaria da Petrobrás na marra. Logo a Petrobrás, a dos tenentes revolucionários. Ou seja, o EB 1 está na pedreira. Não faça aposta. A democracia não merece o perigoso mingau ao qual você assiste. O destino do tenente da Mineira? Um já se sabe: herói do estado bandido, que governa pedação do Rio.