Não dá para passar pelas páginas da história brasileira sem falar do Movimento Estudantil, menos ainda do Movimento Estudantil Secundarista, que desde antes de sua criação em 1948 os secundaristas representavam força aos movimentos sociais.
Diferentemente da maioria dos estudantes universitários, os estudantes secundaristas são formados por uma grande massa de jovens de baixa renda, vivem permanentemente espremidos pela exclusão social e estão nas grandes cidades em periferias vivendo problemas como cobrança familiar e forçados a alcançarem a ascensão social.
A principal diferença entre os demais estudantes brasileiros é que a fase de vida aliada às baixas condições socioeconômicas faz com que a luta do movimento estudantil secundarista esteja mais perto das lutas da população brasileira. Problemas com precariedade do estado, dificuldade de transporte, falta de acesso a cultura estão presentes também nos movimentos populares, mas agravados quando tratamos de estudantes secundaristas, pois estes problemas são estruturantes no futuro de qualquer estudante de ensino médio ou de escola técnica.
Entre as lutas por uma educação de qualidade, pelo acesso gratuito ao ensino superior, pela tão importante bandeira do passe-livre, o Movimento Estudantil Secundarista em meio a suas multidões consegue fazer algo que vai além das suas jornadas de luta. Os secundaristas trabalham na formação de quadros politizados, sensíveis as causas sociais, pois desde muito jovens conseguem na base da pirâmide fazer um alicerce estruturante para a formação de uma sociedade cada vez mais de luta, de massas e quem sabe um dia, uma sociedade socialista.