Aos poucos as roupas foram se tornando mais confortáveis. Cada um passou a se vestir como se sente melhor e isto trouxe enorme benefício às pessoas. Ainda há certas regras, é claro, não podemos ir de biquini ao trabalho, nem apresentar-nos de pijama em casamentos, a sociedade não permitiria. O que eu quero dizer é que temos uma infinidade de boas escolhas para cada situação.
Antigamente usava-se no Brasil o que se usava na Europa, quase tudo era importado. Mesmo depois, quando já podíamos fabricar nossos tecidos e roupas, imitávamos o que estava em voga por lá e assim continuamos, só que agora com mais identidade e liberdade.
Na época em que as roupas vinham direto de Paris, eu nem era nascida, não sei quanto tempo demoravam para chegar às lojas do Rio e S.Paulo. Sei que até lá pelo final do século passado, a moda saía por lá e levava um ou dois anos para surgir por aqui. Hoje, com as facilidades de comunicação, não há mais demora, tomamos ciência de tudo imediatamente. O que acontece é a defasagem das estações. A coleção “primavera-verão”, por exemplo, aparece quando ainda estamos no outono ou inverno. Para fabricantes e comerciantes é bom, pois podem se preparar com segurança, sabendo quais modelos, tecidos ou cores prevalecerão.
É interessante notar que no tempo em que as comunicações eram dificílimas, o mundo ocidental andava uniformizado. Agora, que temos a possibilidade de ver “ao vivo” pela TV o que se passa em todo o globo, não andamos mais vestidos exatamente da mesma maneira. Cada país, ou região, adapta a moda como melhor lhe convém. O que é bom para os franceses nem sempre é bom para nós, assim como o que é bom para os americanos nem sempre convém aos italianos. As linhas gerais podem ser as mesmas, mas os resultados são outros.
