Desde que nascemos convivemos com poesia. A canção de ninar que a mamãe ou vovó entoava para que dormíssemos, as cantigas de roda, as letras dos hinos, das músicas; a infinidade de versos e estrofes que todo mundo sabe de cor e que a gente diz e ouve freqüentemente; certos anúncios, certos cartazes, certos grafites... Não é óbvio dizer que tudo isso pelo menos contém poesia!? Contudo, fizéssemos, entre nós brasileiros, uma real pesquisa de opinião sobre o tema gostar ou não de poesias, independente ou não do grau cultural de cada pesquisado, chegaríamos à infeliz e triste realidade de que a grande maioria de nossa população leitora, não gosta e não lê poesias. E isso é mau, muito mau! E o muito pior, não gosta porque, das raras vezes que tentaram ler poesias não as entenderam. A bem da verdade, como poderia gostar de algo que não consegue entender?
Desculpem os enrolados, poetas e escritores assoberbados, inflados de linguagem “supimpez”. Este é um manifesto da poesia, poesia... Clara, objetiva... Em português! Não àquela empolada, afetada, que só a entendem dois ou três.