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Artigos-->Perdida nas salas de bate-papo do UOL... -- 11/12/2001 - 10:25 (•¸.♥♥ Céu Arder .•`♥♥¸.•¸.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Precisava de material para elaborar a prova de língua portuguesa.

Resolvi criar questões diferentes, mas práticas, tiradas do dia-a-dia coloquial.

Como estava pouco criativa, lembrei-me das salas de bate-papo do UOL. Falam tanto disso e eu sem paciência de adentrar aquele “Universo On-line”.

Na sala de jovens, só palavrões, gírias e similares, não havia meio de introduzir por ali o meu vernáculo.

Arrisquei a sala de idade mais “avançada” (40 a 50). “Aqui deve ser algo um pouco mais cerimonioso” – pensei.

Com o apelido de “Estela Solitária”, entrei cumprimentando a galera: “Boa-noite. Sou bem-vinda aqui?”

Entraram logo alguns “cavalheiros”... Um perguntou logo a cor de minha calcinha, ao que respondi, que para lhe confidenciar isso era preciso um pouco mais de intimidade, pois, nunca disse a estranhos, nem se uso calcinha, quanto mais a cor dela... Outro me afirmou que, se eu estivesse carente, tinha a fórmula certa para diminuir a minha solidão... Bastando, apenas, que eu “relaxasse” e começasse a acariciar meu corpo, de leve, começando pelos joelhos e subindo... Pensando só nele... Vixe! Bem que minha mãe sempre me disse para eu não dar conversa a estranhos.

E o pior é que tudo isso era escrito em frases mal elaboradas e com um vocabulário de causar arrepios ao mais incauto alfabetizado.

Eis que me apareceu outro, gritando: “Que firmamento celestial poderá azular essa estrela com o brilho de madrugada? Aqui te fala o poeta matutino de uma manhã natalina de dezembro...”

Menos mal... Surgiu um poeta. Não era o que eu desejava, exatamente, mas, pelo menos, deixou-me mais à vontade, com seus termos um tanto pleonásticos, e de muito boa intenção. Notei que o pobrezinho fazia de tudo para prender aquela Estrela Solitária. Convidou-me para o reservado.

Lá fomos.

Durante o diálogo, não me esqueci de ir salvando, no Word, cada frase escrita, para minha prova, que era o meu objetivo principal de haver entrado ali.

Colarei a seguir algumas passagens do papo:



Ele – A princesinha pode me dizer de onde é?

Eu – Sou de um céu qualquer e caí aqui por acaso, ora.

Ele – Você é gostosa?

Eu – Depende. Com cobertura de chocolate, dá para digerir.

Ele – Que linda! Tão espirituosa... Você já fez sexo hoje?

Eu – Não! Imagine... Só tenho doze anos, ainda brinco de casinha e comidinha. E você, já fez?



Bem... Daqui pra frente, devem imaginar o repertório baixo e ofensivo do cara-de-pau. Disse que deixou de papear com uma gostosa da sala, achando que eu seria um “bom prato” e acabou se metendo com uma infante que deveria estar na cama àquela hora, em vez de navegar escondido da mamãe, pela Internet.

Caramba! Nessa bobeira toda eu perdi uns 40 minutos de meu precioso tempo e nada consegui para minha humilde provinha. Mas, ocorreu-me uma idéia brilhante: passarei como exercício, para os alunos em recuperação, uma visita às salas de bate-papo (eles têm Internet na escola) e pedi-lhes que “garimpassem” nas conversas alguns termos para debate em sala-de-aula. O assunto será:

“Níveis de linguagem, na fala dos internautas, em diversas faixas etárias”.

Pensam que eles não vão gostar?

Vão é VIBRAR!



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