Levei um tempo enorme da minha vida escrevendo sobre temas tristes: saudade, solidão, decepção, dor, pranto, amargura,desamor.
Então, suportei um fardo pesado oprimindo meu peito, trazendo desalentos e um gosto de fel nos meus lábios.
Comecei a refletir que não há razão alguma para assim proceder: estou vivo, tenho saúde, tenho uma companheira mais que dedicada, filhos corretos, netos maravilhosos, uma profissão definida. O que escrevo, portanto, é fingimento, é fruto da imaginação e é preciso que eu canalize os sentimentos bons que vivem dentro de mim, para que eles sobrepujem as negatividades.