Ontem o programa FANTÁSTICO da Rede Globo apresentou matéria sobre o homossexualismo feminino. Uma sexóloga/psicóloga, cujo nome não gravei, contestou a afirmação de que o homossexualismo possa ser fruto de uma opção pessoal. Disse ela que nós não escolhemos a pessoa por quem nos apaixonamos. Pode ser tanto um homem quanto uma mulher.
Quer dizer, quando uma menina começa a sentir o seu corpo, notar que determinadas áreas são fontes de prazer físico, nada há na constituição psíquica dessa menina que a dirija a desejar que um menino lhe toque nessas partes; e se for uma outra menina quem primeiramente o faça, então estaria em tese definido que o futuro parceiro sexual ideal dessa menina deverá ser uma outra menina, e o contrário, se for um menino quem a ajude a conhecer o prazer físico.
Achei curioso o raciocínio dessa profissional porque dá margem à conclusão lógica de que fomos criados como seres sem uma definição prévia quanto a preferência sexual, o que ocorrerá, ainda segundo aquela assertiva, de acordo com as circunstâncias nas quais nossa afetividade e sexualidade sejam despertadas, tirando a determinação mesma da pessoa a quem dedicaremos nosso afeto (incluindo o aspecto sexual) da esfera da vontade enquanto ação consciente e ponderada, destituindo-nos por isso de qualquer culpa quanto às escolhas que aquelas circunstâncias nos imporão.
Falar em culpa soa estranho aos ouvidos de quem defende ardorosamente o homossexualismo. Mas é esse sentimento de culpa o motivo por que muitos adolescentes se suicidam ao descobrir sua homossexualidade. Eu questiono o seguinte: se Deus nos criou com características físicas próprias, distintas, não seria esse sentimento de culpa uma prova de que o homossexualismo é uma perversão da relação natural entre um homem e uma mulher? Deus não criou o sexo apenas para fins reprodutivos, como querem alguns fundamentalistas; igualmente não o criou para que o prazer físico fosse a instância máxima, suprema, em torno da qual devesse girar a existência humana.
O sexo é uma dádiva de Deus aos homens, e como tal deve ser vivenciado. Como cristão não tenho nenhuma crise de consciência em afirmar que o homossexualismo é uma opção consciente de cada pessoa, e a culpa que muitos demostram ao fazer essa opção revela que a prática homossexual vai além de uma simples contestação do modelo heterossexual vigente; é uma violação da vontade de Deus que criou homem e mulher com características físicas e emocionais distintas, para que por seu encontro fossem ambos levados ao prazer e contentamento nessas esferas.
Quando um homem demonstra não sentir desejo sexual por uma mulher, ou o contrário, logo me vêm à mente algumas metáforas visuais: imagino um ser faminto que não sinta vontade de comer um delicioso manjar, ou um caminhante no deserto que despreze a água de um oásis... Assim como é possível um faminto desprezar um filé-mignon ou um sedente rejeitar uma refrescante água, é possível sim que um homem rejeite o corpo de uma mulher. O certo é que em todos os casos há uma flagrante violação à lógica das coisas. A água está para a sede como o pênis para a vagina. Qualquer afirmação em contrário somente pode ser aceita como a exaltação suprema da liberdade humana, a qual não nego, contudo lhe aplico a sentença: que cada um aceite as conseqüências de suas escolhas. Cedo ou tarde, descobrirá quais...
